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No último texto que publiquei, “Manual de redação”, acusei frontalmente o jornal O Globo de ter rasgado ou rasurado os “Princípios editoriais das Organizações Globo”, solenemente publicados em 7 de agosto de 2011 e assinados, na véspera, por Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho.

Acusei de tendenciosos e unilateralistas o seminário interno promovido pelo jornal com o patrocínio da Confederação Nacional do Comércio e o “encarte” que reproduziu as intervenções dos dois especialistas convidados com matérias que confirmaram a parcialidade. Os objetivos do seminário e do “encarte” foram os de “enquadrar” a direção e a redação do jornal e prepará-lo para as batalhas que serão travadas entre os trabalhadores, os empresários e o governo sobre a reforma trabalhista.

A iniciativa do jornal, por parcialidade, por subordinação a interesses empresariais e por não ter cogitado ouvir o outro lado, rasgou ou rasurou, como afirmei, os “Princípios”, que citei sumariamente e de maneira incisiva.

Procurei fazer chegar a dirigentes do jornal, editores e colunistas, estas observações com intuito de garantir a correção do erro grave (além do mais, os textos que escrevo têm reprodução garantida em uma ampla rede de entidades; são públicos).

Concordo com o documento solene de 2011 quando determina que “os erros devem ser corrigidos, sem subterfúgios e com destaque. Não há erro maior do que deixar os que ocorrem sem a devida correção”.

Pleiteio, pois, em respeito aos “Princípios”, que a alta direção do jornal O Globo realize um novo seminário interno (mesmo que não tenha o fausto do primeiro) e a redação produza um novo “encarte” com a voz dos trabalhadores e seus aliados sobre os temas relacionados à pretensa reforma trabalhista.

Sugiro que sejam convidados, como especialistas, representantes da Anamatra, do Dieese, do Diap e do Diesat, entidades que defendem os trabalhadores e têm, cada uma delas, apesar disso e por causa disso, verdadeiro atestado de idoneidade, correção e competência. 

 

 

João Guilherme Vargas Netto é analista político e consultor sindical da FNE.

 

 

 

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