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Cresce Brasil

Nesta edição, Engenheiro traz em matéria de capa importantes vitórias alcançadas pela categoria nas cidades de Teresina e São Paulo e no estado de Roraima. Tem sido uma batalha constante da FNE e de seus sindicatos filiados garantir remuneração compatível com a formação e reponsabilidades dos profissionais nas administrações públicas, além de planos de carreira que garantam reconhecimento.

Em 31 de março último, foi empossada a diretoria do Senge Ceará que ficará à frente da entidade até 2019. Na cerimônia, realizada na Câmara Municipal de Fortaleza, na qual contamos com a importante participação do presidente da FNE, Murilo Pinheiro, fizemos questão de frisar as oportunidades que surgem nos momentos de crise, como o que vivemos hoje. 

Embora prometa reparação integral dos danos causados com o rompimento da barragem do Fundão em Mariana, o acordo extrajudicial homologado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) – 1ª Região em 5 de maio anuncia medidas que vêm sendo questionadas quanto ao alcance desse objetivo. O termo foi assinado em 2 de março último entre as empresas Samarco/BHP e Vale, responsáveis pelo empreendimento, e os governos federal e estaduais de Minas Gerais e Espírito Santo. Recém-empossado para o governo interino de Michel Temer, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou, como divulgado pela mídia, que o acordo pode ser revisto. A declaração foi dada após sua visita ao local da tragédia em 16 de maio. Ao constatar que a lama continua a se alastrar pela Bacia do Rio Doce, ele se recusou a firmar termo de conformidade para que a empresa volte a operar suas atividades, logo que obtiver as licenças necessárias. Passados seis meses do desastre de grandes proporções, em novembro último (leia em http://goo.gl/vnHxJE), os impactos não foram contidos, e as vítimas continuam a aguardar uma solução justa.

Com o objetivo de sedimentar o caminho do diálogo entre capital e trabalho, o Seesp realizou em 27 de abril último, em sua sede, na cidade de São Paulo, o XVI Seminário de Abertura das Campanhas Salariais. Para Tadeu Ubirajara Moreira Rodriguez, diretor de Negociações Coletivas Nacionais da FNE, que participou da atividade pela primeira vez, a iniciativa já tradicional no sindicato paulista é um modelo a ser seguido em todo o País. Significa, na sua ótica, caminhar com o propósito de garantir a saúde da empresa e o atendimento às reivindicações dos engenheiros. “Pode ser adotado como instrumento pelos Senges e pela FNE.”

Bandeira de luta fundamental da FNE e seus sindicatos filiados, a reivindicação por remuneração compatível com a Lei 4.950-A/66 (que estabelece o piso em seis e nove salários mínimos para jornadas diárias de seis e oito horas respectivamente) aos profissionais que atuam no setor público tem sido objeto de mobilização constante. E novas vitórias têm sido obtidas. As mais recentes no estado de Roraima e nas cidades de São Paulo (SP) e Teresina (PI).

SC

Mobilidade urbana demanda engenharia

Mobilidade não é uma preo­cupação recente do Senge Santa Catarina. A entidade integra grupos de trabalho e de discussões desde a década de 1980, atuou em defesa da duplicação da BR-101 e da SC-401, da recuperação da Ponte Hercílio Luz — interditada desde 1982 — e de obras públicas em Santa Catarina, com foco nas soluções técnicas da engenharia. O sindicato é participante ativo de uma das mais importantes iniciativas multiprofissionais do estado, o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável da Região Metropolitana de Florianópolis (Plamus), que conta com a participação de instituições públicas e privadas para incrementar alternativas técnicas capazes de reduzir graves problemas de mobilidade na maior região metropolitana do estado, com mais de 1 milhão de habitantes. O presidente do Senge, Fábio Ritzmann, entende que existem muitos conflitos que envolvem o tema ou o conceito de mobilidade. “Há os que defendem transporte coletivo como solução. Outros enfatizam as ciclovias. É preciso coordenar as diferentes percepções que os grupos de estudiosos têm sobre o tema, procurando adequá-las tecnicamente”, diz. E acrescenta: “A população às vezes tem uma ideia distorcida desses debates, porque parece que há uma disputa entre A e B, quando, na verdade, tudo isso deveria funcionar de forma unificada.”

A convergência entre poder público, pesquisa científica e a defesa do meio ambiente está possibilitando ao município de Holambra (SP), estância turística conhecida pela produção de flores, tornar-se a primeira cidade brasileira a ter a área rural com 100% de saneamento básico em 2020. A ação é resultado de cooperação técnica iniciada em janeiro último entre a Prefeitura local e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para implantação de tecnologias de tratamento de dejetos. A parceria foi motivada a partir de repactuação de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), em setembro de 2014, entre a administração municipal e o Ministério Público do Estado de São Paulo, para solucionar multa de mais de R$ 4 milhões em razão do não cumprimento de decisão judicial para regularizar o tratamento de esgoto e de água na área urbana. Nesta entrevista, o engenheiro civil Carlos Renato Marmo, da Embrapa Instrumentação de São Carlos, explica os procedimentos agronômicos aplicados.

Um dos maiores símbolos de avanço tecnológico transformado em riqueza, o conjunto de empresas e institutos de pesquisas que formam o Vale do Silício, na Califórnia, Estados Unidos, originou-se do Stanford Research Park, um parque tecnológico pioneiro instituído pela Universidade de Stanford com empresas da cidade de Palo Alto, na década de 1950.  É esse sucesso que projetos semelhantes introduzidos no Brasil desde o ano 2000 buscam. Conforme levantamento feito em 2013 pelo então Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – atualmente a pasta inclui Comunicações –, há 94 iniciativas hoje, distribuídas por todas as regiões do País: 14 ainda são ideias, 24 já estão em estágio de projeto, 28 em processo de implantação e 28 em operação. 

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