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O Brasil e os brasileiros podem dar exemplo ao mundo de adoção de comportamento compatível com o novo processo civilizatório, a democracia multirracional nos trópicos. Esta é a grande esperança do técnico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Marco Aurélio Cabral, com a discussão de investimentos para as obras dos grandes eventos esportivos que acontecerão no País nos próximos sete anos, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Por isso, a grande questão, para ele, é como utilizar esses eventos esportivos para transformar as cidades.

Para ele, o Brasil tem a chance de repensar o processo de urbanização atual criado a partir do crescimento desordenado e da elevada desigualdade. “Precisamos colocar o País em outra trajetória, com a preocupação de olhar para outros centros urbanos”. Cabral citou o caso da cidade de Imperatriz, no Maranhão, um dos ambientes mais degradados do País, que terá a implantação de projetos urbanos pelo Governo Federal, o que acabará sendo um vetor para apontar para um processo civilizatório mais democrático.

Os engenheiros, segundo o técnico do BNDES, têm uma grande responsabilidade no redimensionamento dos espaços urbanos, resgatando outras dimensões da vida urbana. Ele apresenta propostas adicionais aos projetos de infraestrutura já em andamento, como:

1- Humanização dos espaços urbanos;

2- Planos municipais para desenvolvimento de parques, jardins, etc;

3- Desenvolvimento de ciclovias;

4- Encomendas públicas para artistas e arquitetos; e

5- Realocação de populações de risco e planos de reflorestamento.

Cabral participou da terceira mesa de debate do seminário “Cresce Brasil – Copa 2014”, que acontece nesta segunda-feira (16), na capital paulista, e organizado pela FNE. (Rosângela Ribeiro Gil)

Confira a apresentação

Autor: Beatriz Arruda