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Cresce Brasil

O novo presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Guilherme Ary Plonski, disse esta semana, em entrevista exclusiva ao Gestão C&T online, que o maior desafio da Aliança Estratégica para a Promoção da Inovação Tecnológica, composta pela Abipti, Anpei e Anprotec, é concretizar a inovação em todos os seguimentos da sociedade brasileira – empresarial, governamental, instituições científico-tecnológicas e terceiro setor.

“Assim, evitaremos que a inovação se torne um mantra vazio, recitado, mas não praticado e, portanto, tendente à irrelevância”.

Plonski lembra que a Aliança se formou há dez anos para introduzir a inovação tecnológica na agenda nacional. “Uma apreciação da história brasileira no começo do século corrente evidencia o alcance desse resultado”, afirma.

Segundo o presidente, a complexidade do desafio da Aliança demanda o aprofundamento da atuação articulada das três associações. “Isso será facilitado pela afinidade intelectual e emocional que este presidente da Anprotec tem com a Anpei [da qual foi diretor no período 2003-2007] e com a Abipti [cujo Conselho Consultivo coordena]”.

Representação

Com relação a representação do setor tecnológico em instâncias como o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) e o Conselho Diretor previsto no projeto de lei que regulamenta o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), Ary Plonski diz que a modernização da arquitetura institucional está na agenda dos países que valorizam a inovação como eixo estruturante de desenvolvimento socioeconômico sustentado.

Ele cita, como exemplo, o estudo da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre governança dos sistemas de inovação.

“O Brasil tem um expressivo desafio nesse campo, que vai muito além da natural necessidade de incluir as instituições efetivamente representativas do segmento tecnológico em colegiados superiores do sistema brasileiro de ciência, tecnologia e inovação”, afirma.

Anprotec

Eleito para assumir a presidência da Anprotec no último dia 19, Ary Plonski fala, ao Gestão C&T online, mais detalhadamente sobre as diretrizes dessa nova gestão.

Ele explica que são cinco os eixos estruturantes da gestão Anprotec 2007-2009: promover a cultura do empreendedorismo inovador em todo o País, capitalizando o ambiente favorável; implementar o processo de reposicionamento do movimento de incubadoras e parques tecnológicos, tornando-os cada vez mais vetores de desenvolvimento econômico e social sustentado; estimular as novas frentes de I&E, como parques tecnológicos e incubação sócio-cultural; valorizar a presença internacional dos nossos associados e, principalmente, das empresas vinculadas ao movimento, aproveitando o reconhecimento e credibilidade da Anprotec; e, concentrar esforços em ações que fortaleçam os associados e que aproveitem as boas competências disponíveis para alavancar o movimento.

Ele lembra que existem no Brasil cerca de 400 incubadoras, com mais de 6.300 empresas vinculadas, gerando faturamento anual da ordem de R$ 2 bilhões. “O segmento tem crescido sistematicamente desde 1994 (quando havia apenas 13), ano em que passamos a conviver com uma inflação civilizada, em decorrência do êxito do Plano Real”, explica.

O novo presidente destaca ainda que há mais de 40 projetos de parques tecnológicos em desenvolvimento e que os impostos gerados a cada ano cobrem o montante dos investimentos financeiros na implantação e operação das incubadoras e parques tecnológicos desde 1984, quando, por iniciativa do CNPq, foram semeadas as primeiras incubadoras. “As perspectivas são favoráveis”, conclui. (Fabiana Santos para o Gestão C&T online)

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