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Diante do cenário social, político e econômico que o Brasil atravessa, é obrigatório que se tenha em mente a necessidade de resgatar o País de uma paralisia que o sufoca, ameaça seriamente as possibilidades de avanço e piora as condições de vida da sua população. Enfrenta-se hoje uma grave crise e, neste momento, é preciso que se faça presente a posição afirmada do conjunto dos engenheiros, pois se trata de categoria que em muito pode contribuir para enfrentar os problemas centrais da sociedade.

Nesse sentido, defendemos a implantação de uma política industrial, com ganhos de produtividade, um desafio a ser vencido no Brasil, e avanços em ciência, tecnologia e inovação. É ainda fundamental manter a competitividade do agronegócio e fortalecer o apoio à agricultura familiar por meio de crédito embasado em projetos técnicos sustentáveis, com garantia de assistência técnica e extensão rural governamental ou não governamental.

É preciso também que haja grandes investimentos na infraestrutura para impulsionar a engenharia e o desenvolvimento do País. Para garantir essa agenda positiva, é urgente a mudança de rumos na administração da macroeconomia de modo a favorecer a produção e a geração de empregos.

Deve ser mantido e ampliado o combate à corrupção, com investigações, processos, amplo direito de defesa e punições aos responsáveis, conforme previsto na legislação, preservando-se, no entanto, as instituições que há décadas impulsionam o crescimento e a engenharia nacional.

Essas propostas integram um movimento constante de valorização dos engenheiros brasileiros como protagonistas do desenvolvimento. É essencial que um programa de retomada da economia nacional tenha como eixo prioritário as condições necessárias para que os profissionais possam dar sua contribuição, entre as quais, remuneração justa, com respeito ao piso da categoria; aprimoramento da lei de licitações, utilizando técnica e preço para projetos e obras de engenharia; valorização da engenharia na gestão pública, especialmente por meio da urgente implementação da carreira de Estado nos municípios, estados e na União.

O movimento Engenharia Unida, criado em 2016 com o intuito de congregar os profissionais, as entidades de engenharia, conselhos, sindicatos, empresas, escolas e estudantes de engenharia, se apoia nessa perspectiva e em ações proativas para um país melhor, mais justo, democrático e desenvolvido com sustentabilidade política, técnica e econômica.

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