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Os chamados partem das Américas. Na Argentina, o grupo Movimiento Popular Seamos Libres  mobiliza as trabalhadoras para uma greve internacional no 8 de Março: Paramos porque nós, mulheres, somos trabalhadoras e nossos direitos não estão garantidos: ainda não recebemos o mesmo salário que os homens pelo mesmo trabalho e temos umas dupla jornada, em casa e fora dela; estamos subrepresentadasnas organizações políticas e sindicais  e a agenda feminista aindanão está entre as reivindicações centrais". “Se nosso trabalho não vale, produzam sem nós”, diz  Cecilia Palmeiro, uma das porta-vozes de “Ni Una Menos”,  na Argentina.

Nos Estados Unidos, as feministas lançaram convocatória para o 8 de março, a ser celebrado como "  um dia de greves, marchas e bloqueios de estradas, pontes e praças; abstenção do trabalho doméstico, de cuidados e sexual; boicote e denúncia de políticos e empresas misóginas, greves em instituições educacionais”. O manifesto é assinado por mulheres conhecidas mundialmente,  como  Angela Davis e Nancy Fraser e faz referência às marchas que marcaram, no dia 21 de janeiro,  protestos das americanas contra a posse de Donald Trump na presidência dos Estados Unidos.

No Brasil, mulheres de movimentos sociais e ativistas em diversas entidades juntaram-se ao chamado do movimento feminista que tradicionalmente organiza atos no 8 de Março para ampliá-los e torná-los parte da grande mobilização Internacional e, ao mesmo tempo, mobilizar contra os retrocessos em curso no Brasil. O manifesto brasileiro explicita, já no título, que são Movimentos de mulheres contra a reforma  da Previdência, convocando para as lutas no mês de março de2017.

O texto denuncia que o governo de Michel Temer está na contramão do reconhecimento da sobrecarga de trabalho e responsabilidades historicamente imputadasàs mulheres, como é o caso da proposta de reforma da Previdênciaque que propõe igualar a idade de homens e mulheres para 65 anos, com 25 anos de "um feminismo solidário com as trabalhadoras, suas famílias e aliados em todo o mundo”.

O manifesto americano também acentua essa conexão das lutas das mulheres com as reivindicações no mundo do trabalho. Citando várias manifestações recentes, na América Latina, nos EUA, na Polônia e na Coreia do Sul, o texto destaca a emergência de um feminismo ampliado para os 99% da população."O que é impressionante nessas mobilizações é que várias delas combinaram lutas contra a violência masculina com oposição à informalização do trabalho e à desigualdade salarial, ao mesmo tempo em que se opõem as políticas de homofobia, transfobia e xenofobia. Juntas, eles anunciam um novo movimento feminista internacional com uma agenda expandida – ao mesmo tempo anti-racista, anti-imperialista, anti-heterossexista e anti-neolibera. Queremos contribuir para o desenvolvimento deste novo movimento feminista mais expansivo."

Para esse levante das mulheres em todo mundo,  convocatórias em mais de trinta países apontam para a disposição de  "ajudar a construir uma greve internacional contra a violência masculina e na defesa dos direitos reprodutivos no dia 8 de março. Nisto, nós nos juntamos com grupos feministas de cerca de trinta países que têm convocado tal greve.

  Nas Ampericas, além de Brasil, Argentina e EUA, já existem convocatórias para o chamado Dia sem Mulher de  feministas da  Bolívia, Chile, Costa Rica, Equador,  México, Nicarágua, Peru,El Salvador, Guatemala, Honduras, r e  Uruguai. No resto do mundo, já aderiram à paralisação feministas  da Austrália, República Checa, Inglaterra, França, Alemanha,  Islândia, Irlanda do Norte, Irlanda, Palestina,  Itália, Polônia, Rússia, Escócia, Coreia do Sul, Suécia, Togo, Turquia.

Redação FNE

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