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Ferrovias abandonadas, vagões enferrujados e o sucateamento da malha ferroviária resultaram em apenas três linhas hoje em operação País, frente a sete mil que já foram desativadas e que funcionaram no passado como parte de um sistema que transportava 100 milhões de passageiros por ano.

Para o procurador da República Fernando Martins, os contratos de privatização, feitos há 20 anos, permitiram que as concessionárias deixassem de investir e expandir a malha. O presidente da Ferrofrente, José Manuel Ferreira Gonçalves, explica que os contratos foram mal elaborados. "Faltou escrever que a qualidade dos serviços seria exigida. Em lugar disso, ele lamenta que as cláusulas dos documentos só impuseram dois critérios para as concessões: produção e segurança. O resultado foi e continua sendo o absurdo abandono de trechos ferroviários considerados antieconômicos."
Outro problema estrutural, para o dirigente da frente, é a matriz de transportes excessivamente concentrada em rodovias. "Com isso, o País não planeja estrategicamente a ativação de nossas ferrovias e a ampliação de um conceito fundamental que é o da intermodalidade, ou seja, a integração dos diversos modais de forma racional e organizada."

Gonçalves acredita que a sociedade civil só agora "começa lentamente a acordar desse sono profundo" que tem permitido o desmonte da infraestrutura nacional. Mas essa percepção, segundo ele, já é algo positivo para que a sociedade barre os retrocessos. " As coisas estão acontecendo. Tenho esperança que vamos virar esse jogo."

Redação FNE

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