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Cresce Brasil

Aproximar recém-formados e estudantes da luta sindical da categoria, da federação e do debate sobre o desenvolvimento sustentável nacional. Com esse objetivo, a FNE instituiu em 2015 seu Núcleo Jovem Engenheiro. Para tanto, a proposta é garantir junto aos seus 18 sindicatos estaduais filiados espaços afins. Sob as diretrizes apontadas pela entidade nacional, com respeito às especificidades de cada estado, dezenas já implantaram, estão iniciando esse trabalho ou já incluíram em seus planos de ação. Isso possibilita à juventude discutir os desafios do ingresso no mercado de trabalho, seus direitos e responsabilidades como trabalhadores e cidadãos e também as questões essenciais da sociedade que são pertinentes à profissão.

A coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro da FNE, Marcellie Dessimoni, exemplifica: “Em alguns estados como Acre e Goiás tem havido atuação direta junto às universidades, com jornadas esportivas, eventos científicos em que são apresentados trabalhos, artigos, projetos. Isso estimula os alunos da área tecnológica a proporem soluções aos desafios enfrentados pela sociedade. No Ceará também se começou a trabalhar com esse viés. No Amazonas, ainda, tem sido feito um trabalho importante com parcerias.” Em São Paulo, de acordo com ela, a opção foi por “ir a campo, fazer com que a juventude conheça a área urbana, a realidade e seus desafios”. Assim nasceu o “Cresce Brasil – Itaim Paulista” – fruto de visitas ao bairro no extremo leste da capital do estado e da interação com a situação vivida pela população local, que sofre há décadas com enchentes durante as chuvas de verão. Inserida no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – lançado pela FNE em 2006 e atualizado desde então –, a iniciativa deu origem a uma publicação lançada em agosto do ano passado. Em outubro último, deu a largada a sua segunda fase, que abrange um ciclo educativo de sustentabilidade ambiental em um estabelecimento de ensino da região atingida por alagamentos. Em alguns estados, ainda segundo Dessimoni, os núcleos jovens vêm realizando, em parceria com universidades, visitas técnicas. É o caso do Acre, à Fundação de Tecnologia do Estado (Funtac), ao Instituto de Mudanças Climáticas local, bem como às usinas hidrelétricas de Santo Antônio-Porto Velho (RO) e solar fotovoltaica de Cobija, na Bolívia.

Na sua concepção, essa é a “ponta do iceberg da ‘Engenharia Unida’” – referência ao movimento lançado pela FNE que chama a articulação da área tecnológica ao enfrentamento da crise atual no País.  Para ela, “não há como pensar nisso sem contemplar a universidade, atualizar e informar seus estudantes sobre esse grande projeto da federação. É uma contribuição importante do núcleo”.

Ademais, em todos os estados, têm sido organizadas palestras e eventos em instituições de ensino sobre o que é o sindicato dos engenheiros, qual a sua importância e ações. “A proposta é desmistificar ideias equivocadas e generalizações sobre as organizações dos trabalhadores. Tenho percebido que essa consciência está se tornando algo mais palpável. Os estudantes conseguem compreender. Antes, enxergavam como algo muito distante de sua realidade. Quando o sindicato mostra a cara, os trabalhos e debates em que está envolvido, inclusive à valorização da profissão, eles mudam a visão”, constata a coordenadora junto à FNE. Ela aproveita para destacar: há uma preocupação em demonstrar aos jovens que desde o piso salarial até o 13º e as férias são conquistas que levaram “tempo, suor, lágrimas e sangue”. “A juventude precisa ser lembrada disso. E para garantir que o resultado dessas lutas intensas não se perca, precisa continuar e se mobilizar, já que hoje, com reformas, como a trabalhista, essas conquistas estão ameaçadas. Se permitirmos, voltaremos a viver basicamente como as gerações passadas, sem nenhuma condição que nos assegure e a nossos direitos enquanto trabalhadores”, alerta.

É fundamental que a juventude participe ativamente das suas entidades sindicais e assim possam se formar as futuras lideranças que defenderão os direitos da categoria e atuarão em benefício da sociedade. A FNE convida a juventude a se engajar nessa empreitada. Veja como participar.

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