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Charge LaerteEm busca de fortalecimento em tempos de leis e políticas que asfixiam as entidades sindicais, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) está realizando uma campanha nacional para captar recursos para a constituição de um Fundo de Desenvolvimento Institucional. O objetivo é garantir a sustentabilidade e permitir a intensificação dos trabalhos de assessoria às entidades sindicais, nesse momento em que direitos dos trabalhadores e a organização sindical estão ameaçados.

O departamento alerta que "tempos difíceis trazem desafios que exigirão do movimento sindical ousadia, novas ideias, criatividade, capacitação, visão estratégica, táticas de negociação e muita unidade". E que "a instituição tem a capacidade técnica para ajudar o movimento sindical nesse novo cenário".

"Precisamos do seu apoio para continuar ajudando o movimento sindical a responder aos desafios, agora mais complexos." - enfatiza a mensagem de difusão da campanha. 

Às entidades filiadas deverão participar com o aporte de uma 13ª mensalidade e a divulgação da campanha. E qualquer outra entidade ou pessoa não associada poderá participar com uma contribuição, que dará acesso a alguns serviços.

As contribuições devem ser feitas em depósito identificado por CNPJ ou CPF Banco do Brasil Agência 3320-0 Conta corrente 6333-9 ou Boleto bancário Pessoa jurídica Pessoa física ou Cartão de crédito Pessoa física

Patrimônio dos trabalhadores ameaçado

Criado há mais de 60 anos, o Dieese é um patrimônio dos sindicatos e principal entidade de apoio ao mundo sindical no país, a serviço da classe trabalhadora. Com a situação econômica, a reforma trabalhista, e um cenário político que procura desvalorizar a representação sindical, a entidades passam por asfixia e o Dieese  vive a pior crise financeira de sua história. O movimento sindical= é a principal fonte de receita do instituto que corre até mesmo o risco de fechar, segundo nota publicada no Correio Braziliense.  "Em apenas três anos, o orçamento da instituição caiu de R$ 42 milhões para R$ 21 milhões, e 100 funcionários foram desligados. O quadro atual é de 250 colaboradores, mas a direção não descarta novos cortes ainda em 2018, reduzindo o número para 150 pessoas. O principal problema é a inadimplência dos sindicatos, que não estão quitando as mensalidades". Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, explica que “eles estão com dificuldade para pagar e vamos ter que nos reorganizar”.

Ainda segundo o jornal, para se adequar aos novos tempos, o instituto decidiu cortar o que pode. A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), referência no meio sindical, deixou de ser realizada em três regiões metropolitanas (Fortaleza, Recife e Belo Horizonte). O levantamento da cesta básica, que era feita nas 27 unidades da Federação, perdeu seis capitais, e pode perder mais nos próximos meses.

Saiba mais no Dieese

Redação FNE