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Dia 6 de junho, as Centrais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB e Intersindical lançaram, em São Paulo, a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora. O documento, de base desenvolvimentista, também destaca a importância da democracia e da soberania. No campo específico do sindicalismo, coloca a geração de emprego em primeiro lugar.

Desde a divulgação do documento, produzido pelo sindicalismo e o Dieese, o consultor sindical João Guilherme Vargas Neto bate na tecla da massificação da Agenda. Ele vai além, e, tomando emprestada expressão contemporânea, ligada às redes sociais, propõe o desafio de “viralizar” a Agenda. Aliás, “Viralizar a Agenda” é justamente o título de seu sempre preciso artigo semanal.

João Guilherme Vargas Netto

Entrevista - O jornalista João Franzin, da Agência Sindical, conversou com Vargas Neto. Ele sugere que o sindicalista leia e incorpore os 22 pontos da Agenda. “Para massificar, difundir, divulgar, entre o próprio movimento, junto a candidatos e, principalmente, nas bases, é preciso conhecer o teor da Agenda e sua estrutura”, ele afirma. Essa síntese, argumenta, se expressa nas palavras unidade, resistência e emprego. Porém a viralização, alerta, só virá se a Agenda for apoderada pelos ativistas e pela base. “As ideias, na medida em que entram na cabeça das pessoas, passam a ter força e eficácia”, ele destaca.

Histórico - Vargas Neto observa que a Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora sintetiza e atualiza o que foi definido na Conclat de 2010 e reafirma a linha do manifesto “Compromisso pelo Desenvolvimento”, lançado em dezembro de 2015 pelo sindicalismo e entidades do setor produtivo.

Para o consultor, é recomendável que dirigentes e ativistas sindicais elaborem um resumo da Agenda e massifiquem seus pontos mais urgentes e ligados às questões do trabalho. E viralizem esse conteúdo - resumido ou completo -, mobilizando suas equipes de comunicação e os meios que as redes sociais propiciam – sites, WhatsApp e outros recursos. Ele recomenda tópicos, como “Geração de emprego”, “Preservação de direitos” e “Valorização do salário mínimo”, entre outros pontos.

João Guilherme Vargas Neto entende que a unidade sindical geradora da Agenda se dará em torno do próprio documento, que visa, de imediato, levar a questão trabalhista e desenvolvimentista para dentro do debate eleitoral. “Na entrega da Agenda no Senado e Câmara, dia 20, os dirigentes precisam ter domínio do conteúdo do documento, a fim de mostrar força e convencimento”, recomenda. E completa: “A força da unidade pode se tornar a unidade da força, como ocorreu recentemente com os professores da rede particular de São Paulo”.

Para Vargas, o brasileiro hoje está confuso devido à própria situação econômica. “Dos 100 milhões de brasileiros produtivos, 30 milhões se encontram desempregados ou desalentados”, sublinha. A trava na economia e a insegurança advindas desse quadro produzem mais instabilidade ainda, como as flutuações do câmbio e a desorientação política.

Tarefa - Seu artigo transmite a missão: “Cada dirigent@ sindical e cada ativist@ – dos Sindicatos, Federações, Confederações – deve se transformar em soldad@ da boa causa, tendo a Agenda como arma e regimento”.

Artigo - Clique aqui e leia na íntegra.