sociais

logos

Cresce Brasil

Aconteceu na quinta-feira (31/10), em Manaus, o workshop “Engenharia de manutenção predial e em grandes estruturas – Aspectos técnicos e oportunidades de mercado”. O evento integra a série de debates sobre o tema que serão realizados em várias cidades do País no âmbito do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”— os próximos estão agendados para os dias 8, em Rio Branco, 28, em Porto Alegre, e 29 de novembro, em Florianópolis.

A atividade foi promovida pela FNE e pelo Sindicato dos Engenheiros no Estado do Amazonas (Senge-AM) e teve apoio da Mútua Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea e do Instituto de Especialização do Amazonas (ESP).

Com expressiva participação de profissionais e estudantes, o workshop propiciou o debate sobre desenvolvimento, protagonismo da engenharia e oportunidades.  Na abertura da atividade, a coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro da federação, Marcellie Dessimoni, apontou a expectativa da categoria pela retomada do crescimento, mas ressaltou a necessidade de atualização permanente, especialmente diante da realidade da indústria 4.0.  Por isso mesmo, afirmou Sérgio Melo, coordenador adjunto do Senge Trainee, ligado ao sindicato amazonense, a instituição mantém um programa para recém-formados, voltado a elaborar e oferecer cursos e networking.

Conforme Saulo Pereira, presidente do Senge, o evento foi o primeiro passo de um debate que visa elaborar um projeto de lei sobre engenharia de manutenção predial em Manaus. Conforme ele, uma próxima etapa da discussão deve incluir síndicos para levar a esses o conhecimento quanto à necessidade da atuação dos profissionais com a formação adequada nessa demanda.

Participação
O dirigente, que começou a militar no sindicato no Senge jovem, afirmou ainda ser fundamental a atuação que une qualificação dos profissionais com o debate, feito em parceria com as demais entidades da engenharia, sobre a importância do sindicalismo, da organização profissional e a fundamental participação na política.

Paulo Guimarães, presidente Nacional da Mútua, saudou a participação da juventude no Senge-AM. Para ele, é preciso cobrar dos poderes públicos o compromisso com a engenharia de manutenção, que muitas vezes não é prioridade nas gestões públicas e privadas. Na sua avaliação, para que isso se dê efetivamente, é essencial que a engenharia esteja unida, movimento que, afirmou, vem sendo fortalecido pelo “Cresce Brasil”.

Para o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Amazonas (Crea-AM), Afonso Luiz Costa Lins Júnior, o grande problema da engenharia pública é a falta de manutenção. Assim, afirmou ele, o tema tratado no workshop é muito propício. “Devemos nos inserir cada vez mais politicamente na gestão pública. Temos ótimos engenheiros gerindo o País, incluindo os amazonenses”, afirmou. Um exemplo de participação, disse ele, foi a criação pelo Crea dos grupos de trabalho sobre a BR 319, visando ao envolvimento dos profissionais na discussão técnica, e da engenharia pública, permitindo a inserção nas demandas da sociedade.

O diretor-presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Cláudio Guenka, afirmou ser o tema em pauta essencial, especialmente em Manaus, onde há estruturas há muito tempo sem manutenção. Um exemplo é a Ponte Padre Antônio Plácido de Souza, mais conhecida como Ponte de Educandos, que liga o bairro ao centro na capital amazonense e atualmente está interditada para reforma, posto que apresentava risco de desabamento. Para Guenka, é preciso que haja legislação que respalde obras e vistorias. Ainda, conforme ele, é fundamental qualificar os profissionais nas novas tecnologias, como o Building Information Modeling (BIM).

Na avaliação do presidente da FNE, Murilo Pinheiro, as dificuldades observadas nas administrações em relação à conservação permanente dizem respeito inclusive ao interesse político. “Um prefeito nunca inaugura uma manutenção”, exemplificou. Daí, prosseguiu, a proposta que vem sendo defendida pela federação de que existam Secretarias de Engenharia de Manutenção para que haja um órgão qualificado, que tenham a responsabilidade de documentar, inspecionar e garantir as condições de utilização adequadas dos bens públicos.

Para Murilo, alcançar essa meta exige atuação firme dos engenheiros, inclusive da juventude, e de suas entidades representativas, que devem atuar de forma coesa. Conforme ele, o workshop realizado em Manaus, é um ótimo exemplo desse movimento que precisa ser permanente. “A realização de cursos e debates como esse é fundamental. Estamos unidos na discussão de temas de extrema relevância para o País”, concluiu.

Rita Casaro – Comunicação SEESP, com informações de Paula Bortolini

 

Adicionar comentário


logoMobile