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A greve dos petroleiros na Bacia de Campos, litoral Norte Fluminense, deflagrada a partir do primeiro minuto de segunda-feira (14) pelo Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense e programada para prosseguir até a próxima sexta-feira (18), provocou a mobilização da Petrobras para implantar seu Plano de Contingência, com equipe encarregada de manter a produção e garantir a segurança das plataformas.

Em nota divulgada na noite de segunda-feira, a empresa anunciou a retomada da produção garantindo que está caminhava para a normalidade " tendo atingido às 18 horas desta segunda-feira mais de 96% de sua capacidade, com a redução da produção ficando em apenas 63 mil barrisdia”, segundo o texto.

A paralisação também provocou manifestações do governo. O ministro Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência da República, descartou hoje o risco de desabastecimento, enfatizando o plano de contingenciamento, e disse que os petroleiros devem chegar a um acordo com a empresa. “Acredito que nos próximos dias se chegará a um entendimento com os trabalhadores e a greve terminará”

A greve foi deflagrada na maior província petrolífera do país, respondendo hoje por 80% de toda a produção nacional, de cerca de 1,8 milhões de barris de petróleo por dia. Lá, são produzidos cerca de 1,5 milhão de barris/dia de óleo e 22 milhões de metros cúbicos por dia de gás.

Segundo o diretor de Imprensa do Sindipetro Norte Fluminense, José Maria Rangel, a paralisação é uma forma de pressionar a Petrobras a pagar mais um dia de trabalho aos petroleiros. Ele explicou que, atualmente, as equipes de petroleiros recebem por apenas 14 dias em que ficam embarcados, em uma escala que implica em outros 21 de descanso.

Há vários anos, a categoria vem tentando, sem obter sucesso, que a Petrobras pague por mais um dia de trabalho, uma vez que os petroleiros só deixam as unidades produtoras no 15o dia. Eles trabalham neste dia até que o helicóptero os leve para a costa.

“Nós estamos negociando com a empresa há mais de dez anos e, no último acordo coletivo, no ano passado, a empresa assumiu o compromisso de pagar pelo 15o dia, o que até hoje não se concretizou. Daí a iniciativa de cruzar os braços, suspender os trabalhos em todas as 42 plataformas sob a nossa responsabilidade por cinco dias, período em que cerca de 7,5 milhões de barris de petróleo deixaram de ser produzido”, afirmou o diretor.

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