sociais

logos

Cresce Brasil

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse ontem (22) que a licença prévia para retomada da construção da Usina Nuclear de Angra 3 será concedida hoje (23) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Ele garantiu que a licença trará exigências "brutais", como a solução definitiva para o lixo nuclear que será produzido pela usina. Segundo Minc, também será exigido o monitoramento da radiação que deverá ser feito por uma fundação universitária ou empresa independente.

A empresa responsável pela obra também deve resolver as questões de saneamento das cidades de Angra dos Reis e Paraty, ambas no Rio de Janeiro, adotar o Parque Nacional da Serra da Bocaina (localizado na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo), além de realizar ações ligadas a educação ambiental.

Segundo Minc, a concessão da licença de instalação da obra vai depender do cumprimento dessas exigências pela empresa responsável. A construção da usina deve ser retomada em setembro.

"Nosso papel é dar a licença prévia, e isso será feito com exigências brutais", afirmou o ministro. Sobre o monitoramento da radiação, ele disse: "Não vai ser a própria Eletronuclear que vai dizer se está ou não vazando água contaminada".

Minc participa de reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), no Ministério de Minas e Energia.

O destino que será dado ao lixo nuclear produzido pela Usina Nuclear de Angra 3 deve ser motivo de mais uma polêmica entre as áreas ambiental e energética do governo.

“Vai ter que resolver a questão definitiva do lixo nuclear, porque hoje é tudo provisório. Aliás, como muitas coisas no Brasil, que são eternamente provisórias”, criticou Minc. Segundo ele, essa é uma das exigências que serão impostas pela área ambiental para a concessão da licença de instalação para a obra.

Entretanto, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse que o lixo de Angra 3 será armazenado, assim como é feito em Angra 1 e Angra 2. “O que se está fazendo é o que se conhece no mundo. O Brasil não está fazendo nada inferior nem superior ao que se faz nas 440 usinas nucleares espalhadas pelo mundo inteiro”, disse.

Segundo ele, ainda não existe em nenhum país uma solução definitiva para a questão. “O meio ambiente não pode pedir uma solução que ainda não existe no mundo”, afirmou, lembrando que a França já está desenvolvendo um processo de reutilização do lixo nuclear das usinas. (Abr)

Adicionar comentário


logoMobile