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  • Associação Interciencia pede que América Latina aproveite ao máximo as capacidades científicas e tecnológicas regionais

A entidade relata situações preocupantes em alguns países da região e cita como exemplo os casos da Venezuela e do Brasil, onde a atitude dos governos, longe de aproveitar as capacidades científico-tecnológicas, confrontam fortemente o setor

intercienciaCiência e tecnologia em estratégias governamentais para a gestão da pandêmica covid-19 na América Latina

A Associação Interciência, uma federação de organizações científicas para o avanço da ciência nas Américas, fez pedidos repetidos pelo uso coordenado das capacidades científicas e tecnológicas da região para uma gestão racional da crise econômica e de saúde desencadeada pela pandemia da covid-19.

Cientistas e tecnólogos da região estão em posição de fornecer sua opinião de especialistas sobre vários tópicos, detalhados a seguir.

1. Análise de tendências epidemiológicas. Cenários de crescimento de casos e óbitos, dependendo da adoção de diferentes medidas. Qual é o efeito, por exemplo, do distanciamento social, lavagem das mãos e também como a epidemia evolui em diferentes centros povoados, especialmente em lugares pobres com infraestrutura de precária saúde e com poucas possibilidades de implementar medidas de distanciamento social. Estratégias de amostragem viáveis.

2. Desenvolvimento local de suprimentos: de máscaras até respiradores para terapia intensiva; de kits de teste ao desenvolvimento e validação de medicamentos e vacinas. Deve-se enfatizar que a resposta às vezes selvagem dos países centrais à oferta de insumos mostrando a alta vulnerabilidade de países que não possuem capacidade de desenvolvimento própria.

3. Efeitos sociais e econômicos da crise. Nossas organizações contêm economistas, sociólogos e especialistas em todas as disciplinas necessárias para enfrentar a crise muito séria que se seguirá à crise da saúde.

Diante dessas possibilidades, encontramos realidades extremamente diferentes nos vários países, e isso merece uma reflexão profunda. Destacamos alguns dos casos em que a atitude dos governos, longe de aproveitar as capacidades científico-tecnológicas, confrontam fortemente o setor:

  1. Na Venezuela, vemos com preocupação a reação prematura de algumas autoridades do país à publicação de um relatório sobre a possível evolução da epidemia de covid-19, uma publicação feita pela Academia de Ciências Físicas, Matemáticas e Naturais da Venezuela.
  2. No Brasil, o governo federal realizou diversas ações em desacordo com especialistas da área da saúde e se opôs às sugestões e recomendações de sociedades científicas, especialmente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e de entidades médicas e de saúde pública.

Por isso, reiteramos nosso apelo a todos os governos da região para que aproveitem ao máximo as capacidades científicas e tecnológicas em uma estrutura de cooperação regional.

27 de maio de 2020 

ASOCIACIÓN INTERCIENCIA 

Asociaciones miembros:

Asociación Argentina para el Progreso de la Ciencias (AAPC)

Asociación Boliviana para el Avance de la Ciencia (ABAC)

Association Francophone pour le Savoir (ACFAS), Canadá

Asociación Colombiiana para el Avance de la Ciencia (ACAC)

Consejo de Sociedades Científicas de Chile

Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONICIT), Costa Rica

Consejo Nacional de Ciencia y Tecnología (CONACYT), México

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC)

American Association for the Advancement of Science (AAAS)

Asociación Panameña para el Avance de la Ciencia  (APANAC)

Asociación Venezolana para el Avance de la Ciencia (ASOVAC)l

Veja o texto em PDF.

Jornal da Ciência

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