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É preciso “engenheirar” o Brasil, foi a expressão do secretário de Empreendedorismo e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o também engenheiro Paulo Alvim, em reunião virtual com a FNE, coordenadores e consultores do projeto Cresce Brasil, na quarta-feira(12).

Reunião Cresce Brasil com Paulo AlvimO tema do debate foram as propostas do projeto da FNE para o pós-pandemia, apresentadas pelo presidente da federação, Murilo Pinheiro, com um breve histórico da iniciativa ao longo dos anos, voltada a proôs soluções factíveis para o crescimento e desenvolvimento do país.

Em 2020, o foco do Cresce Brasil se concentra em dois eixos para reativação da economia: a retomada das obras paradas e a reindustrialização. A FNE mostrou sua disponibilidade para somar esforços no caminho da geração de empregos e oportunidades, considerando da importância das iniciativas públicas e privadas, do papel do estado como indutor e da engenharia como propulsora e protagonista. 

Paulo Alvim lembrou que há muitos engenheiros no MCTI preocupados com a gestão do pós-pandemia, com a premissa da reindustrialização e soberania tecnológica. “Estamos percebendo a capacidade de resolver problemas e a engenharia está totalmente ligada a isso. Precisamos cada vez mais engenheirar” - declarou.

Ele observou que a pandemia acelerou alguns processos, pois apontou para algumas cadeias produtivas necessárias e urgentes, como na área da saúde. Lembrou que no início foi preciso  importar equipamentos, como respiradores. E agora alguns estão sendo desenvolvidos totalmente no país, inclusive podendo enviar para o Líbano.

Para o pós-pandemia, ele acredita que  processo digital no Brasil sairá fortalecido, com o 5G sendo bastante trabalhado, prevendo um grande impacto na área da engenharia e geração de postos de trabalho no próximo ano.

A questão do saneamento, segundo ele,  é outra área que deve ter muita atenção e ser acelerada, inclusive devido à pandemia que mostrou ainda mais a importância da universalização dos serviços para acesso de todos.

Os diretores da FNE e  coordenadores e consultores do Cresce Brasil, levantaram questões que precisam ser superadas para retomada das obras, desde a necessidade do levantamento, impasses relacionados a pendências jurídicas, financeiras, entre outras.

O MCTI não tem obras sob sua competência, mas se une aos demais ministérios do desenvolvimento regional e da infraestrutura e, por isso, explicou Paulo Alvim, a pasta entende ser fundamental o investimento nas obras, uma vez que movimenta a economia e gera empregos.  Algumas obras em andamento estão sendo aceleradas, mas há outras paralisadas por órgãos de controle ou por falta de recursos financeiros.

Para os representantes do projeto Cresce Brasil na reunião, não é possível abrir mão de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, nem de uma política pública para o setor energético, do qual dependem a retomada da economia, as indústrias e o consumo.

Também apontaram a necessidade de observar, nas cadeias produtivas envolvidas na política de reindustrialização, quais obras podem ser retomadas pelo potencial de gerar demandas imediatas para as indústrias.  

Paulo Alvim indicou como área que requer incentivo a cadeia de petróleo e gás, informando que há grupos estudando investimentos em P&D no setor energético. Há, segundo ele, cinco setores do MCTI prioritários para soberania tecnológica: TICs, complexo da Saúde, segurança alimentar, hídrica e energética. 

Com o presidente Murilo participaram os coordenadores do projeto Cresce Brasil Fernando Palmezan e Carlos Monte, o consultor Artur Araújo, o diretor da federação, Antonio Carlos Soares Pereira, e a secretária da presidência, Paula Bortolini.

Comunicação FNE com informações de Paula Bortolini