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A greve dos petroleiros, por tempo indeterminado, iniciada nas refinarias, terminais, plataformas, campos de produção e em unidades operacionais da Petrobras atinge 18 das 42 plataformas da Bacia de Campos, no norte fluminense.

De acordo com o diretor de Finanças e Administração da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Genivaldo da Silva, 18 plataformas da Bacia de Campos estão completamente paradas; 21 estão sendo operadas por grupos de contingência, formado por gerentes, supervisores e engenheiros da Petrobras, e três não aderiram ao movimento.

O sindicalista ressaltou que a greve não se deve apenas ao reajuste da categoria, que tem data-base em setembro e ainda está em fase de negociação, mas também contra o leilão do Campo de Libra, marcado para a próxima segunda-feira (21), no Rio de Janeiro, e o Projeto de Lei 4.330, que trata da terceirização e está para ser votado na Câmara dos Deputados.

Segundo o diretor da FUP, na segunda-feira, os petroleiros estarão, desde cedo, concentrados nas proximidades do Hotel Windsor Barra, na Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão. "Nós estaremos lá para exercer o nosso direito de manifestar e expressar os nossos pensamentos de forma democrática", disse.

Ocupação em São Paulo

Durante três horas, o saguão do prédio da Petrobras na capital paulista foi ocupado por sindicalistas ligados à indústria do petróleo. A manifestação começou às 6h30 da manhã e acabou às 9h30 e contou, de acordo com a organização do movimento, com a participação de pelo menos 60% dos funcionários próprios e terceirizados que trabalham no local, situado na Avenida Paulista. O protesto foi contra o leilão do Campo de Libra, que fica a 183 quilômetros do Rio de Janeiro em águas profundas e é a maior do país.

De acordo com o coordenador do Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (SindipetroSP), Verenissimo Barçante, as manifestações continuam na porta das distribuidoras de derivados de petróleo de São Paulo. “Há pessoas fazendo piquetes em Guararema, São Caetano do Sul e Bragança. E nas refinarias de Mauá, São José dos Campos, Paulínia e Cubatão, o trabalho está sendo paralisado aos poucos”. (Fonte: Agência Brasil)