Imprimir

O governo ainda não tem uma decisão sobre a manutenção das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Transnordestina e a Ferronorte, segundo informou na noite dessa segunda-feira, em entrevista, o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Ele falou sobre o assunto, ao ser questionado se a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, teria vetado a realização dessas obras.

Bernardo argumentou que, particularmente no caso das ferrovias onde foram feitas as concessões, há nos contratos cláusulas de responsabilidade e um calendário para cumprimento das etapas das obras. "Isso tem que andar e é um direito e um dever do Estado, como poder concedente, exigir que elas andem".

O ministro disse que embora a posição do governo seja de dialogar sempre, ele se julga no direito e no dever de fazer cobranças, até de forma veemente, se precisar. O que queremos saber é que tipo de problema existe nesses empreendimentos e se eventualmente algo pode ser feito pelo governo".

No caso da Transnordestina informou que "o governo tem toda a equação financeira para que obra seja tocada", por isso não vê razão "para que a obra esteja parada".

Importância para integração

A Ferrovia Transnordestina foi planejada para interligar vários Estados nordestinos e também para unificar as ferrovias Norte-Sul e Ferronorte. A obra servirá para o escoamento da produção de soja, minerais e ainda à interligação de pontos de produção industrial do Nordeste. Os portos de Itaqui, em São Luís (MA), Pecém, em Fortaleza (CE), e Suape, em Recife (PE), serão conectados às regiões produtoras nordestinas através da ferrovia. Esses portos serão o destino final de atividades produtivas como a cultura de soja e possibilitará o escoamento de 30 milhões de grãos por ano, além de interligar as regiões Nordeste e Centro-Oeste.

(Com dados da Agência Brasil e Portal Terra)