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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva justificou rmais uma vez o veto ao artigo que obrigava as centrais sindicais a prestar contas ao Tribunal de Contas da União (TCU), lembrando que não poderia negar sua origem sindicalista, quando defendia a autonomia dos sindicatos, e permitir que as entidades trabalhistas fossem fiscalizadas pelo TCU, o que seria uma interferência do governo e ficassem vulneráveis a fiscalizações movidas por questões políticas.

Além disso, argumentou Lula, a manutenção do artigo estaria "tirando do trabalhador o direito de propor em assembléias mecanismos de fiscalização”. O artigo fazia parte do projeto de lei, agora aprovado e sancionado, que regulamenta as centrais sindicais. O texto permitia ao TCU a possibilidade de fiscalizar os gastos das entidades trabalhistas com o dinheiro arrecadado com a contribuição sindical obirgatória - correspondente a um dia de trabalho por ano descontado na folha.

Em evento no Planalto, os sindicalistas se manifestaram em apoio ao veto. O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse que sem o veto, a imagem externa do país seria prejudicada. “Como a OIT [Organização Internacional do Trabalho] veria isso?”, disse, acrescentando que somente nas ditaduras órgãos públicos fiscalizam os sindicatos.

“Certa parte da mídia e muitas pessoas desse país não querem que o movimento sindical brasileiro seja livre e independente”, afirmou Antonio Carlos dos Reis, vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT). (Com informações de Carolina Pimentel, ABr)