Imprimir

Na última sexta-feira (22), as Centrais Sindicais realizaram grandes manifestações no “Dia Nacional de Lutas em Defesa da Previdência Social”. Foram diferentes atividades como passeatas, greves, paralisações e assembleias nas bases trabalhadoras, panfletagens e atos em locais públicos, que mobilizaram milhares de pessoas em todo o País.

Em São Paulo, as ações começaram na madrugada. Nas garagens de transportes coletivos, a saída dos ônibus foi atrasada até às 5 horas. Metalúrgicos realizaram mobilizações nas fábricas da Capital, Guarulhos, Mogi das Cruzes, Osasco e outras cidades – mais de 70 atos reuniram cerca de 30 mil trabalhadores.

Foto: Agência SindicalO presidente da Força Sindical, Miguel Torres, disse à Agência Sindical que as ações foram positivas. "Os trabalhadores estão fazendo as manifestações, para que a população entenda a necessidade de debater a reforma da Previdência. Para mostrar que essa proposta que está aí tira direitos", destaca.

ABC - Em São Bernardo do Campo, houve concentração na Ford e Mercedes-Benz desde as 7 horas. Os trabalhadores saíram em caminhada até o Largo de Rudge Ramos, onde foi realizado um protesto seguido de coletiva de imprensa com os presidentes das Centrais.

"Essa manifestação é importante, pois a reforma da Previdência não exclui ninguém dos ataques", reforça o presidente da Nova Central SP, Luiz Gonçalves (Luizinho).

Para Adilson Araújo, presidente da CTB, também é importante alertar a população sobre a propaganda enganosa do governo. "Precisamos denunciar o que está por trás da reforma liderada pelo Paulo Guedes. A grande imprensa tenta dar veracidade às informações, já que o governo opta por mentir desavergonhadamente para o povo", ressalta.

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região, José Pereira dos Santos, afirmou que boa parte dos trabalhadores ainda “não percebeu o tamanho das perdas que virão com a reforma”. “Quando a gente explica que aumenta a idade, aumenta o tempo de contribuição, cai a renda do aposentado e até a viúva sai perdendo, o pessoal se toca”, diz.

Os professores da rede estadual de ensino de São Paulo realizaram assembleia, às 14 horas, na Praça da República. Em seguida, saíram em caminhada em direção ao Masp, onde o dia de protestos foi finalizado às 17 horas com um grande ato unitário.

BALANÇO

A Agência Sindical fez um balanço das ações até 15 horas da sexta (22). 

Força Sindical - A Central realizou atos em 18 Estados e no Distrito Federal. Houve protestos em 71 cidades. O presidente Miguel Torres participou pela manhã de manifestação com os trabalhadores da empresa Fame, em São Paulo. Ele também discursou no Largo de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. 

CUT - A Central fez mobilizações em 17 estados desde a madrugada. Trabalhadores de mais de 70 cidades realizaram protestos. A CUT esteve presente em ações nas garagens de ônibus de São Paulo, Guarulhos e Salvador. O Sindicato dos Bancários de São Paulo realizou ações em vários bairros.

CTB - Apoiou as manifestações em todo o Brasil e realizou atos especialmente na Bahia. Em São Paulo, os metroviários fizeram atos relâmpagos em áreas não operativas, além de panfletagem. "A reforma é um dos projetos mais perversos que tivemos conhecimento que um governo fez contra os trabalhadores", afirma o secretário-geral do CTB, Wagner Gomes.

UGT - A União Geral dos Trabalhadores concentrou ações na paralisação dos motoristas de ônibus na empresa Campo Belo, em São Paulo, e deu apoio às outras ações ao longo do dia.

Agência Sindical