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O Sindicato dos Engenheiros do Piauí (PI) está pedindo a Ministério Píúblico do Trabalho que investigue o desrespeito da empresa a decisões judiciais trabalhistas, além de práticas de perseguição e assédio moral com danos psicológicos. 

agespisa"Depois de deixar os empregados sem plano de saúde por interrupções temporárias, não atender a decisão judicial não pagando os salários de julho a parte dos servidores e não pagar o FGTS de todos referente a julho, a empresa agora parte para uma situação mais desastrosa,  não repassando as pensões alimentícias descontadas nos contracheques", aponta o sindicato. Isso  tem levado a ameaças também de pensionistas que falam em denunciar os empregados devedores. 

Na semana passada, os empregados se reuniram com os Sindicatos dos Engenheiros e dos Urbanitários para buscar as providências. Uma carta foi enviada pelos urbanitários ao presidente Lula, pedindo ajuda para impedir a demissão de cerca de 230 trabalhadores, apoiada em lei assinada este ano pelo atual governador, Rafael Fontelles. A Lei Complementar nº 319/2025 autoriza a liquidação e extinção da empresa. Em abril passado, a FNE também já havia oficiado às autoridades para garantir tratamento digno aos empregados da Agespisa, posição que também mereceu nota pública.

Apropriação indébita de recursos sindicais

Além dos funcionários, a Agespisa não está fazendo o repasse, pelo terceiro mês seguido, das mensalidades dos sindicatos e associações descontadas nos contracheques.  Segundo o presidente do Senge-PI, Florentino Filho, a retenção dos valores pela empresa caracteriza apropriação indébita dos recursos sindicais.

"É hora de o MPT tomar providências enérgicas e solicitar ações coercitivas aos responsáveis por tais agressões aos direitos constitucionais da entidades e dos pais e mães de família da Agespisa", afirma o dirigente. Além disso, informa ele, o governo do Piauí tem assediado os empregados com o fim de forçá-los a aceitar demissões voluntárias. O Senge-PI compara a situação atual dos empregados, sem previsão de pagamento e submetidos a áreas insalubres pelo corte de serviços de limpeza, com a de trabalho escravo. "É um processo de assédio moral gravíssimo com o fim de desestabilizar o emocional  dos empregado. Precisamos que o Ministério Público do Trabalho investigue tais fatos com urgência para tomar as providências contra o Estado e os gestores da Agespisa”, ressalta o presidente Florentino Filho.