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Cresce Brasil

Fora do Estado de Direito não há possibilidade real de desenvolvimento sustentável, justiça social, prosperidade ou felicidade ao povo brasileiro.

Democracia - Ilustração“Segure tudo que for conquistado, segure tudo que não for demais”, já nos ensinou Martinho da Vila no samba que canta o zelo pelo essencial. Aproximando-nos da comemoração do bicentenário da nossa independência ainda sem superar inúmeras mazelas que impedem a realização do nosso potencial como nação justa e desenvolvida, devemos retomar o fôlego em busca desses objetivos sem abrir mão do que alcançamos até aqui. Nesse contexto, a democracia é certamente o valor maior; precisa ser aprimorada e aprofundada, jamais ameaçada ou desprezada. 

Assim, são muito bem-vindas as manifestações que reafirmam o compromisso da sociedade brasileira com o Estado de Direito, a Constituição Federal e as instituições encarregadas de garantir que o País funcione em acordo com esses preceitos.

A primeira delas, a “Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!”, divulgada em 26 de julho último e aproximando-se das 800 mil subscrições, iniciativa da icônica Faculdade de Direito do Largo São Francisco da Universidade de São Paulo (USP), conclama a população a defender os valores da democracia arduamente conquistada após uma ditadura que durou 21 anos. “Temos os poderes da República, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário, todos independentes, autônomos e com o compromisso de respeitar e zelar pela observância do pacto maior, a Constituição Federal. (...) passamos por eleições livres e periódicas, nas quais o debate político sobre os projetos para o País sempre foi democrático, cabendo a decisão final à soberania popular”, celebra o texto.

Corretamente, o documento também destaca o que ainda é preciso alcançar. “Nossa democracia cresceu e amadureceu, mas muito ainda há de ser feito. Vivemos em um país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.”

Exatamente para que tais questões sejam superadas é preciso fortalecer a democracia, fazendo com que as necessidades e anseios da maioria se traduzam nas ações do Estado por meio dos governantes e representantes e também de mecanismos de participação popular efetiva, daí a necessidade inescapável de preservar o Estado de Direito.

Seguindo linha parecida, na sexta-feira (5/8), foi divulgado o manifesto “Em defesa da democracia e da justiça”, iniciativa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que recebeu adesão de cerca de uma centena de entidades. “A estabilidade democrática, o respeito ao Estado de Direito e o desenvolvimento são condições indispensáveis para o Brasil superar os seus principais desafios. [...] Queremos um país próspero, justo e solidário, guiado pelos princípios republicanos expressos na Constituição, à qual todos nos curvarmos, confiantes na vontade superior da democracia. Ela se fortalece com união, reformando o que exige reparos, não destruindo; somando as esperanças por um Brasil altivo e pacífico, não subtraindo-as com slogans e divisionismos que ameaçam a paz e o desenvolvimento almejados”, afirma o documento que destaca também a importância das instituições e do processo eleitoral brasileiro.

Dando sequência à mobilização, ambos serão lidos em atos que acontecem nesta quinta-feira (11/8) no Largo São Francisco, reafirmando compromisso que deve ser de todos os brasileiros. Viva a democracia brasileira!

 Murilo Pinheiro - Presidente

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