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Duas dezenas de entidades da sociedade civil – como Proteste, CTS/FGV, Instituto Nupef e Idec – discutem em Brasília propostas a serem encaminhadas para o Encontro Multissetorial Global sobre o Futuro da Internet, que em 23 e 24 de abril reunirá em São Paulo governos, organizações, setor privado, técnicos e acadêmicos.

O encontro, uma iniciativa conjunta da ICANN e do governo brasileiro, anuncia como foco a elaboração de princípios de governança da Internet e a proposta de um roteiro para a evolução futura do ecossistema de governança da rede. Mas como se vê nos debates, tarefas mais fáceis de listar do que fazer.

Como é natural nesse conjunto de temas, as entidades reunidas em Brasília rapidamente percebem que os próprios conceitos de governança e multissetorialismo demandam razoável esforço na construção de consenso.

O  mesmo acontece em outros fóruns, a começar pelo 1net.org, criado em função do Encontro e onde desde o fim do ano passado os diferentes atores desse ambiente 'multissetorial’ – sociedade civil, comunidades técnica e acadêmica, além do setor privado – também se desdobram na tentativa de chegarem a São Paulo com um conjunto mínimo de encaminhamentos.

Na prática, boa parte das discussões acabam consumidas pela “internacionalização” da ICANN, que apesar do papel restrito aos 'nomes e números’ da rede – ou seja, a coordenação do sistema de endereçamento para que os computadores se conectem – é muitas vezes vista como um símbolo do “domínio” norte-americano na Internet.

A “internacionalização” da ICANN – entre aspas porque tampouco há clareza sobre como fazê-lo ou o que exatamente isso significa – é um tema recorrente há duas décadas mas que ganhou momento com as denúncias sobre o alcance da espionagem americana sobre o planeta. E a julgar pelas manifestações de seus próprios integrantes, é defendida também internamente.

No mais, o tema da governança mobiliza o 'multissetorialismo’ pelo menos desde a Conferência Mundial sobre a Sociedade da Informação, em 2003. Em especial, uma questão que gravita sobre como tornar as instituições que de alguma forma influenciam a Internet representativas dos interesses de todos os que se beneficiam dela, sejam as pessoas, as empresas ou os governos.

A discussão das entidades da sociedade civil busca chegar a alguns consensos até o fim desta terça-feira, 11/2, não por coincidência data em que se comemora o Dia Mundial da Internet Segura, este ano propondo “Construindo Juntos uma Internet Melhor”.

Para serem levadas às discussões do Encontro Multissetorial Global, em abril, as propostas sobre a governança da Internet devem ser encaminhadas até 1o de março, através da página oficial do encontro – netmundial.br. Lamentavelmente, o evento só aceita propostas encaminhadas em inglês.

Fonte: noticia-entidades_buscam_consensos_para_encontro_sobre_governanca_da_internet-121951_12022014

Autor: Convergência Digital/ Imagem: The Volt Report

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