As fontes renováveis serão responsáveis por cerca de 85% da oferta de energia elétrica no ano de 2021 no Brasil. A afirmação foi feita pelo Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura, durante o encontro empresarial entre Brasil e Finlândia, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no dia 12 de março.
“O Brasil é um grande laboratório na utilização de energias renováveis. Temos boas perspectivas de investimento para os próximos anos no setor e continuaremos o processo de diversificação da nossa matriz energética”, disse o Secretário.
Citando dados do plano decenal de energia 2021, Ventura lembrou que a hidroeletricidade, a biomassa e a energia eólica, que somadas correspondem a 76,4% do total da expansão da capacidade instalada para os próximos 10 anos, serão as prioridades do governo para ampliação da matriz de energia elétrica. “O Brasil dispõe de grande quantidade dessas três fontes”, explicou.
Altino defendeu as qualidades de fontes de energias menos poluentes. De acordo com ele, além de competitivas e com baixa emissão de gases que colaboram com o efeito estufa, tais fontes possuem tecnologia nacional. “Por esse conjunto de razões, contamos com esse tipo de fonte para a próxima década”, avaliou.
No setor de energia elétrica, o Secretário aproveitou para apresentar à comitiva finlandesa o cenário de produção de energia elétrica no Brasil. "Da energia utilizada em nosso país, pouco mais de 90% é produção nacional. Em outras palavras, somos quase autossuficientes na produção de energia elétrica", afirmou.
O potencial do mercado de energia eólica, que deve crescer nos próximos anos, também foi apontado como promissor. “Hoje, a eólica é uma fonte competitiva, com crescimento acelerado”, disse.
Pré-sal
As perspectivas de produção do Brasil na faixa do pré-sal também animaram os empresários participantes do encontro. Altino Ventura disse que a exploração do pré-sal deverá ocorrer de uma forma eficiente, alterando o papel brasileiro no mercado de petróleo e gás. "O Brasil poderá se tornará exportador de energia na forma de petróleo e provavelmente também de gás natural. Atenderíamos as nossas necessidades e teríamos a oportunidade de ofertar no mercado internacional", analisou.
Outro ponto relevante destacado pelo secretário foi o aspecto legal do setor energético brasileiro. Ele garantiu aos empresários estrangeiros que o Brasil tem como tradição o respeito aos contratos. “Temos uma legislação estruturada nos setores de eletricidade e do petróleo, e as possibilidades de realizar investimentos conjuntos são amplas.”
O encontro contou com a participação do ministro da economia da Finlândia, Jan Vapaavuori, do diretor de políticas e estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, do diretor-geral substituto da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Pedro Brito, e empresários finlandeses dos setores de energia, mineração e infraestrutura.
Fonte: Ascom/MME
Autor: Francisco Stuckert/MME