O presidente da FNE, Murilo Pinheiro, e os diretores Flávio Brízida e Luiz Lima Neto participaram na sexta-feira, 19 de abril, da visita às obras da Arena Pantanal, em Cuiabá, junto com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, que fez uma avaliação positiva do andamento das obras previstas para a Copa do Mundo FIFA 2014.
“Tenho acompanhado, a cada visita, a evolução e todos os detalhes das obras de mobilidade urbana, das obras do aeroporto, da arena, do VLT e a minha avaliação é bastante otimista". O Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que ligará o aeroporto, em Várzea Grande, ao centro de Cuiabá, foi um dos assuntos tratados com o ministro, já que a entrega é prevista para maio de 2014, bem perto do Mundial. Aldo lembrou que se trata de uma obra necessária não só para a Copa.
"O governo federal vai apoiar para que o VLT seja entregue à população antes da Copa do Mundo, mas o mais importante é que ela seja entregue”, disse o ministro. Ele mencionou ainda o aumento da capacidade hoteleira de Cuiabá e a reforma no aeroporto Marechal Rondon, cuja capacidade para 2014, segundo o ministro, será mais do que suficiente para a demanda esperada para o ano que vem.
O futuro dos grandes estádios
Questionado sobre a possibilidade de a Arena Pantanal ser pouco utilizada após o Mundial de futebol, o ministro relembrou o conceito de arena multiuso e rechaçou a etiqueta de elefante branco para o estádio.
“Todas as nossas arenas foram projetadas como multiuso. Não são apenas campos de futebol, mas áreas destinadas a interligar várias atividades, entre elas congressos, feiras, bares, restaurantes, espetáculos, lojas.
A Arena Pantanal não tem por que ser colocada na condição de elefante branco a não ser que alguém demonstre isso. Não conheço os estudos que demonstrem a vocação da Arena de Cuiabá para elefante branco, conheço os que indicam que é uma necessidade para a cidade e para a região”, disse.
Na véspera, a FNE acompanhou o ministro em Manaus, em visita à Arena da Amazônia, um dos estádios cuja construção foi bastante criticada, pela dificuldade que poderá acarretar para o aproveitamento posterior pelos clubes locais.
Aldo Rebelo contestou a preocupação ao lembrar que, em 1950, também houve uma campanha contra a construção do Maracanã, que no entanto confirmou sua importância para o futebol brasileiro. No caso da Arena da Amazônia, ele disse que não daria para fazer a Copa sem a participação de 60% do território brasileiro e sem a cultura do Amazonas. Segundo ele "as críticas surgem, mas são residuais. Elas podem ter alguma repercussão, mas não são representativas da opinião do povo brasileiro”.
Prazos e previsões
Em outubro, Cuiaba deverá celebrar a entrega da Arena Pantanal, segundo o secretário extraordinário de Copa de Mato Grosso, Maurício Guimarães. “O ministro vem nos cobrando o cumprimento dos prazos, os compromissos assumidos com a FIFA e com o Brasil e fizemos a ele a demonstração do que estamos executando. Nós trabalhamos com a data de outubro de 2013 e o planejamento indica que vamos efetivamente concluir”, disse.
A essa altura, em outubro, a Arena da Amazônia também já estará dando início à montagem da fachada e da cobertura. A FNE encontrou o estádio, em abril, já com 58% das obras sendo concluidas.
A previsão de entrega é para dezembro deste ano. O estádio terá capacidade para 40 mil durante a Copa do Mundo, mas poderá acolher 44 mil em outros eventos.
A FNE mantém um convênio assinado com o Ministério dos Esportes, pelo qual é responsável por acompanhar o andamento das obras para a Copa do Mundo e avaliar o cumprimento das exigências técnicas e respeito aos projetos e aos interesses das regiões que integram o circuito do Mundial.
Várias visitas técnicas tem sido feitas aos estádios, contribuindo para assegurar a divulgação correta dos prazos de conclusão e o andamento das intervenções que ficarão como legado para as populações alcançadas, especialmente as obras de mobilidade urbana, como é o caso do VLT de Cuiabá.
Da Redação