O Brasil precisa pensar em um novo ciclo de investimento focado nas regiões Nordeste e Norte do país. Essa é a linha de pensamento do engenheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDS), Marco Aurélio Cabral Pinto, durante sua palestra “Conjuntura Internacional e novos rumos da região Norte do país”.
A atividade aconteceu na tarde de hoje, na quarta edição do Simpósio de Tecnologia e Desenvolvimento Sustentável, em Palmas. O evento foi realizado pelo Sindicato dos Engenheiros, Agrônomos, Geólogos do Tocantins, em Palmas.
Conforme o palestrante, essas regiões se colocam como os novos espaços de investimento do país. “Temos a obrigação de construir na região Norte do Brasil uma indústria pesqueira em escala internacional, através da manipulação genética dos peixes e catalogação dos biomas,” apontou.
Pinto aproveitou ainda para ilustrar à situação econômica internacional, que no seu ponto de vista é preocupante. Durante palestra, destacou que a China vem crescendo e se fortalecendo mundialmente devido à valorização da produção interna com foco na exportação. Cenário que para ele poderia ser seguido pela economia brasileira.
“A balança comercial brasileira realiza a sangria líquida de dólares todos os meses para outros países, sem possuir um real interesse para o crescimento industrial”, alertou. Para o engenheiro, o país exporta cada vez menos com a bandeira brasileira.
BIODIVERSIDADE
Para encerrar o evento aconteceu a palestra “Economia e Sustentabilidade”, com o engenheiro agrônomo Ramis Tetu, o qual destacou que é preciso repensar a economia em respeito ao meio ambiente, focando na biodiversidade de fauna e flora.
Em seu ponto de vista, a economia somente tem a ganhar com a preservação do meio ambiente, através de seu uso sustentável. “Podemos ganhar dinheiro sendo ecologicamente corretos”, reforçou. Citou como exemplo o uso de Jardins Botânicos que geram renda e preservam a natureza. No entanto, reforçou que muitos empresários usam a biodiversidade incorretamente e relembrou a caça de animais silvestres. Ele ressaltou que a base da economia é a natureza e, por isso, é necessário que os engenheiros pensem em obras que não irão degradar o meio ambiente, evitando assim a erosão do solo e gastos públicos.
“Precisamos nos conscientizar primeiramente no que tange a sustentabilidade ambiental, para depois pensarmos na sustentabilidade planetária. Necessitamos de um projeto de país e não de poder”, falou.
Para o engenheiro, o Brasil é uma potência verde e a biodiversidade pode ser explorada corretamente, gerando renda ao brasileiro e aos cofres públicos.
LANÇAMENTO
Aproveitando o simpósio o escritor e engenheiro João Marques lançou a obra intitulada “A importância da orientação vocacional na formação do técnico”, aos presentes. Segundo o autor, o livro tem o objetivo de ajudar o jovem estudante durante a escolha de sua profissão. “A obra pretende auxiliar o jovem a ter uma noção concreta do que pretende ser”, terminou.
Wallissia Albuquerque
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Autor: Juliano Ribeiro