A Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e a associação Proteste, de consumidores, encaminhou representação ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para que investigue a denúncia de que a Cesp, Cemig e Copel estão atuando em cartel.
Isso porque as três estatais de São Paulo (Cesp), Minas Gerais (Cemig) e Paraná (Copel), não participaram dos leilões realizados em 2013, destinado justamente a aproximar a oferta de energia por parte das geradoras e as distribuidoras e a viabilizar contratos. Sem a oferta de energia, o mercado foi afetado e o governo federal precisou intervir.
De acordo com a FNE e a Proteste, o resultado foi prejuízo bilionário para os distribuidores no primeiro semestre de 2014, obrigando o governo a negociar dois empréstimos que somam R$ 17,7 bilhões para para resgatar as empresas. A iniciativa das entidades repercutiu na imprensa. A Folha de S. Paulo apuntou que, "no primeiro trimestre, por causa dessa estratégia de restringir a oferta de energia ao mercado de curto prazo, as empresas lucraram R$ 2,5 bilhões entre janeiro e março, o dobro do que ganharam no mesmo período de 2013. O preço da energia nesse mercado chegou a R$ 822 por megawatt-hora (MWh) no início do ano, enquanto que o maior valor estipulado para os leilões foi de R$ 192 por MWh". O diretor da FNE, Carlos Kirchner, informou que o Cade recebeu a representação na última quinta-feira e se comprometeu a agir.
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Fonte: noticia-fne_e_proteste_pedem_que_cade_investigue_cartel_da_energia-174753_29072014
Autor: FNE