A terceira seção plenária do VII Encontro Ambiental de São Paulo (EcoSP), na tarde do dia 23 de abril, foi dedicada a dois temas fundamentais à sustentabilidade: uma nova visão para se reduzir o desperdício de recursos essenciais à qualidade de vida e a prevenção a catástrofes em caso de enchentes. O primeiro deles foi abordado pela consultora de sustentabilidade da Teia Projetos Ambientais, Tiemi Yamashita, e o segundo, por Hassan Barakat, engenheiro do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo (CGE).
Em uma palestra performática motivacional, em trajes típicos japoneses, Yamashita compartilhou conhecimentos que aprendeu com seus pais e avós oriundos daquele país os quais serviram para ela explicar sobre uma técnica chamada Mottainai. A palavra japonesa, utilizada pela consultora para explicar o conceito de desperdício e como eliminálo, significa, como explicou, literamente não ser digno de algo. Não valorizar os recursos naturais, ter a visão de que são finitos e ser inovador para assegurar a sustentabilidade do planeta enquadramse em Mottainai. Reconhecer isso, na sua concepção, abre caminho para se fazer a diferença o que condiz com a vocação do engenheiro.
Alerta à inundação
Barakat desenvolveu um trabalho para a cidade de São Paulo que apontou como inovador, ao encontro da proposta apresentada Yamashita. A partir de inundação em março de 2005 do Vale do Anhangabau, desenvolveuse sistema de alerta a situações afins, o que originou o CGE. Segundo o engenheiro, foram utilizadas tecnologias já existentes. O sistema não previne enchentes resultado, para Barakat, pela elevada impermeabilização do solo. no município, bem como pelo despejo de forma inadequada de detritos. "O CGE tem o objetivo de minimizar transtornos. Assim,monitora as condições meteorológicas de São Paulo." As informações disponibilizadas aos cidadãos previnem mortes em enchentes e perdas materiais em alagamentos. "O Anhangabau continua alagando, mas chegamos antes com o sistema que desenvolvemos e conseguimos impedir o tráfego no vale." De acordo com Barakat, obras para solucionar o problema estão previstas, mas não há disponibilidade de recursos financeiros. Enquanto isso, a depender do CGE, ao menos não mais serão vistas imagens de carros boiando no local.
Fonte: noticia-inovacao_para_garantir_qualidade_de_vida_e_prevenir_riscos-152604_24042015
Autor: Soraya Misleh, Imprensa SEESP