Sindicato manifesta inconformidade em relação às sucessivas matérias publicadas na imprensa nessa semana, induzindo a sociedade à conclusão de que a crise financeira da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) está vinculada aos salários dos seus engenheiros. Confira a nota. Porto Alegre, 16 de junho de 2015
O Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul vem a público manifestar inconformidade quanto aos conteúdos de sucessivas matérias veiculadas na imprensa local, as quais, pelos termos, dados e contextualização utilizados, podem induzir os leitores, ouvintes e telespectadores à conclusão de que a alegada crise financeira na CEEE tem origem nos vencimentos dos engenheiros da Companhia.
O Senge salienta que:
1) A atual política de remuneração adotada pela CEEE encontra-se dentro dos ditames legais. Por sua vez, a média salarial dos engenheiros da Companhia está em conformidade com a Lei 4950-A/66 que estabelece o Piso Nacional do Engenheiro (R$ 7.092,00 para jornada de 40h semanais), diferentemente de algumas empresas do setor público e privado que não cumprem a referida legislação;
2) Os vencimentos relacionados como salários mensais discriminados nas diversas reportagens veiculadas, na verdade são remunerações que englobam a ascensão de carreiras, tempo de serviço, adicionais de periculosidade, férias, entre outros benefícios legais;
3) O SENGE reitera como questão fundamental para entender a crise, a interferência político partidária na gestão das estatais de uma forma geral, em detrimento do planejamento estratégico que deve nortear as ações das empresas;
4) Gestões deficientes e não profissionais têm provocado, ao longo dos anos, um acúmulo de equívocos e irresponsabilidades associados diretamente à prevalência de critérios e interesses políticos na condução dos entes públicos o que resulta em passivos trabalhistas elevados e deficiência nos serviços prestados.
5) A privatização (1997), a gestão da folha de pagamento dos chamados “ex-autárquicos” e os efeitos da Medida Provisória 579/2012, são episódios que acarretaram a redução drástica nas receitas do Grupo CEEE e, consequentemente, afetaram a capacidade de investimentos da Companhia;
O SENGE defende e propõe uma pauta em que seja contemplado um diagnóstico adequado e, com base nele, um planejamento de longo prazo. Esta sim é a verdadeira pauta para a análise das dificuldades da CEEE e não apenas a remuneração de seus empregados;
Fonte: noticia-rs_senge_publica_nota_de_inconformidade-122956_19062015
Autor: Senge-RS