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Cresce Brasil

Carlos Tadeu da Costa Fraga, engenheiro de petróleo e gerente-executivo do Cenpes (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras), publicou ontem (6) artigo na Folha de SP sobre o papel da Petrobrás na busca brasileira pela independência tecnológica no setor energético e, agora, a pesquisa de energias renováveis, especialmente biocombustíveis de segunda geração, produzidos a partir de resíduos agroindustriais.

Desenvolvida em parceria com a empresa brasileira Albrecht, a planta piloto de etanol de lignocelulose é a única no Brasil a utilizar a tecnologia enzimática. O foco inicial da pesquisa do bioetanol é o bagaço de cana e a tecnologia está sendo desenvolvida em parceria com universidades brasileiras: a Escola de Química da UFRJ, a UnB e a Ufam, além da Embrapa e o Inmetro.

A partir dos parâmetros resultantes dos testes na unidade experimental, será programada uma nova unidade, em escala semi-industrial.

Ele também menciona pesquisas de instituições na Europa e na América do Norte. Há várias alternativas tecnológicas em desenvolvimento, sendo as mais relevantes as rotas termoquímicas e bioquímicas.

"Nas termoquímicas, usam-se altas temperaturas e catalisadores para transformar o carbono e o hidrogênio presentes na biomassa em hidrocarbonetos, como gasolina e diesel. Acrescentando oxigênio, pode-se obter também alcoóis, como etanol ou butanol.

Nas rotas bioquímicas, utilizam-se enzimas para promover a quebra da celulose da biomassa em açúcares, que são fermentados para gerar álcool. Cada caminho apresenta prós e contras e, no atual estágio, é impossível prever qual dominará o mercado.

A Petrobras, explica ele, avalia constantemente alternativas tecnológicas e investe no desenvolvimento das que julga mais promissoras. Se nas rotas bioquímicas investimos no bioetanol, nas termoquímicas apostamos na produção de diesel sintético a partir de biomassa ("biomass-to-liquids" -BTL), com previsão de uma planta piloto em 2009" .

Entre as contribuições da Petrobrás para a busca de independencia tecnológica, o engenheiro menciona a exploração e produção de petróleo em águas profundas, o processamento de petróleo pesado, o avanço na primeira geração de biocombustíveis, com rotas inovadoras para a produção de biodiesel e o processo HBio.

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