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Em reportagem publicada nesta quinta-feira, 1 de março, o jornal britânico The Guardian mostra que, seis meses antes da catástrofe de Mariana, a Samarco já previa com precisão qual seria o impacto potencial de um desastre. A previsão havia sido feita em uma avaliação de risco. Mas os promotores federais afirmam que a joint venture entre Vale e BHP Billiton não tomou as medidas que poderiam ter impedido o desastre. Ao invés disso, a Samarco se concentrou em reduzir custos e aumentar a produção. O promotor José Adércio Sampaio disse ao Guardian que “eles priorizaram os lucros e deixaram a segurança em segundo lugar”.

A avaliação de risco está entre os milhares de documentos coletados pelos procuradores. O documento advertia que a perda máxima possível, na hipótese de uma ruptura por liquefação dos resíduos, implicaria até 20 mortes, sérios impactos sobre solos, recursos hídricos e a biodiversidade ao longo de 20 anos e custos da ordem de US$ 3,4 bilhões.

A matéria do Guardian se estende por muitos dos detalhes do caso e reporta que este foi retomado em novembro, quando um juiz decidiu que os e-mails e chats corporativos não poderiam ser incluídos no caso e decidiu separar os casos envolvendo réus estrangeiros.

A Samarco – e seus proprietários – está ansiosa para retornar à produção. Em dezembro, a empresa recebeu licenças preliminares do governo de Minas Gerais para um novo sistema de armazenamento de rejeitos de mineração, como já comentamos por aqui.

E o Guardian termina dizendo que o governo business-friendly de Temer quer fazer deslanchar a mineração no país, mesmo em áreas sensíveis como a da Amazônia, e tornar o licenciamento ambiental mais flexível.

Leia a reportagem em inglês:

The Guardian – Brazil dam disaster: firm knew of potential impact months in advance

Climainfo

Leia também:

Blog do Pedlowski – The Guardian: A Samarco sabia!

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