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Por que a maioria dos assistentes de voz tem nomes femininos e por que eles têm personalidades submissas? A resposta, diz um novo relatório divulgado na sexta-feira pela Unesco, agência das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, é que praticamente não há mulheres trabalhando nas equipes técnicas que desenvolvem esses serviços e outras ferramentas digitais de ponta.

Crianças em computadores em escola rural de Antioquia, Colombia. Banco Mundial/Charlotte Kesl A publicação, produzida em colaboração com o governo da Alemanha e a EQUALS Skills Coalition – uma aliança de parceiros dos setores público e privado que incentiva o envolvimento de mulheres e meninas nos setores de tecnologia científica e digital – é chamada de “Blush If I Could”.

O título é uma referência à resposta padrão dada pela voz feminina do assistente digital da Apple, Siri, em resposta a insultos de usuários. Além de Siri, outras assistentes de voz “femininas” também expressam traços submissos, uma expressão do viés de gênero embutido nos produtos de Inteligência Artificial (AI) como resultado do que a UNESCO chama de “desequilíbrios de gênero rígidos em habilidades, educação e tecnologia”.

Várias recomendações são feitas no estudo, incluindo conselhos para parar de fazer assistentes digitais do sexo feminino por padrão; programá-los para desencorajar insultos baseados em gênero e linguagem abusiva; e desenvolver as habilidades técnicas avançadas de mulheres e meninas para que possam orientar a criação de novas tecnologias ao lado dos homens.

Dado o crescimento explosivo de assistentes de voz, diz o relatório, há uma necessidade urgente de ajudar mais mulheres e meninas a cultivar fortes habilidades digitais.

ONU

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