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O jornalista Yan Boechat escreve no “Valor Econômico” sobre o impacto que a conclusão de um trecho da ferrovia Norte-Sul em Colinas terá sobre a região do Centro e do Norte do Tocantins, com reflexos no Nordeste do Mato Grosso, Maranhão, Piauí eOeste baiano.

Trata-se do centro nervoso de um dos mais importantes projetos de infra-estrutura logística que estão sendo realizados no país e um dos principais pontos de operação da Ferrovia, segundo o jornalista.

Projeto antigo da época em que José Sarney ainda era presidente da República, a ferrovia, que acreditava-se na época ligaria o nada a lugar nenhum, está próxima de ter um de seus trechos mais importantes concluídos já no ano que vem.

Até dezembro de 2009, a Valec, estatal criada no fim dos anos 80 com o único objetivo de construir a ferrovia, garante que colocará o último dos 720 quilômetros de trilhos que ligarão Palmas à cidade maranhense de Açailândia, por onde passa a Estrada de Ferro dos Carajás, que vai desembocar no Porto de São Luís. O consenso entre produtores agrícolas, órgãos governamentais, investidores e empresas de logística é de que a Norte-Sul será responsável pela abertura de uma nova fronteira agrícola no país.

Não sem razão a Vale, que é dona da Estrada de Ferro dos Carajás, aceitou pagar quase R$ 1,5 bilhão para controlar a Norte-Sul por 30 anos e, assim, ter sob seu domínio todo o corredor logístico que está sendo criado entre o interior do Tocantins e São Luís, que tem o porto brasileiro mais próximo dos mercados americano, europeu e asiático.

A Vale fez uma aposta firme de que essa nova fronteira da agricultura brasileira vai se estabelecer em torno da Norte-Sul. É por ali, acredita a companhia ainda pouca afeita aos negócios agrícolas, que um novo ciclo de riqueza vai se estabelecer inexoravelmente.

"A expansão da agricultura brasileira, em especial a produção de grãos, passa por essa região do país e nós seremos o motor de propulsão desse desenvolvimento com a ferrovia", diz Marcelo Spinelli, o otimista diretor comercial de Logística da Vale.

Por sua posição geográfica, a cidade de Colinas é estratégica nesse plano ambicioso de redirecionar a expansão agrícola nacional. Vários pontos de transbordo serão instalados ao longo da ferrovia, mas é no grande terminal que está sendo construído a 30 quilômetros da praça principal da cidade que a Vale pretende embarcar a maior parte das quase 9 milhões de toneladas de grãos que espera estar transportando pela ferrovia em 2013.

Já no próximo ano, sem que toda a infra-estrutura de armazéns esteja pronta, a companhia acredita que irá embarcar em Colinas algo próximo a 500 mil toneladas de soja produzidas, principalmente, no Nordeste do Mato Grosso.

O Terminal de Colinas só deve encontrar páreo no de Porto Nacional, próximo a Palmas, que deve ter as operações iniciadas em 2010. Por isso, todo o esforço está concentrado lá, onde os trilhos da ferrovia estão distantes apenas 30 quilômetros.

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