Há 104 anos, organizações de trabalhadores iniciaram um dos mais longos movimentos de resistência operária da história do país. A greve geral de 1917 mostrou como sindicatos e associações poderiam ser efetivos na defesa dos interesses desta classe, que sofria com péssimas condições, baixos salários e extensas jornadas de trabalho. Em memória ao levante, a cidade de São Paulo celebra, no domingo (9), o Dia da Luta Operária.
A data é celebrada oficialmente na capital paulista, institucionalizada pela Lei 16.634 de 2017, de autoria do vereador Antônio Donato (PT). “A ideia surgiu a partir da comemoração dos 100 anos da primeira greve geral do Brasil. Essa greve é simbólica para o movimento dos trabalhadores do Brasil. Ela começou em uma fábrica, greve liderada principalmente por mulheres. A luta na época era por questões básicas, trabalhava-se de 12 a 14 horas”, afirma o vereador.
A morte do jovem trouxe unidade à luta, levando-a da capital para o interior e outras cidades do país. “Nesse confronto da polícia com trabalhadores que estavam em apoio às greves, foi assassinado esse jovem espanhol, anarquista. A manifestação no enterro do Martinez contou, segundo a imprensa da época, com mais de 70 mil pessoas. Um terço da cidade se mobilizou.” O dia 9 de julho marca o aniversãrio da morte do jovem trabalhador.
Com informações da Rede Brasil Atual