A Petrobrás está prestes a dar um novo passo em termos de digitalização e automação. A estatal anunciou hoje (9) o desenvolvimento do seu primeiro robô autônomo para área classificada – de risco – da indústria de óleo latino-americana. Batizada de Tupã Ex, a tecnologia poderá ser usada nos ambientes offshore ou terrestre para a realização de inspeções autônomas e remotas, aumentando a segurança das pessoas e das operações. A previsão é que os primeiros testes com o robô sejam realizados no final deste ano.

O projeto é fruto de uma parceria dos cientistas da Petrobrás com a startup Instor, que foi selecionada em edital do Programa Petrobras Conexões para Inovação. "Ao unir a força da Petrobrás com as startups, sonhos grandes podem virar realidade", frisou o Diretor de Transformação Digital e Inovação da companhia, Nicolás Simone. "Esse projeto se soma aos mais de 15 projetos voltados para o desenvolvimento de robôs e drones, com potencial de retorno não só para a Petrobras, mas, também, para a indústria e toda a sociedade", concluiu.

Por ser autônomo, o Tupã Ex poderá ser programado para realizar todo o serviço sem a necessidade de um operador humano, nem mesmo à distância. Com os dados completos da unidade já instalados em seu software, a tecnologia pode ainda determinar a necessidade de reparos e a qualidade dos materiais instalados. De acordo com os idealizadores da tecnologia, o equipamento será utilizado para inspeção, mas poderá ser aperfeiçoado para executar outras operações.

No passado, a Petrobrás também desenvolveu outro robô, já patenteado e em operação, que é capaz de realizar a preparação da superfície e pintar grandes superfícies planas verticais, como cascos de navios e plataformas. O robô pintor é resultado de uma parceria com o Instituto Senai de Inovação de Joinville. A tecnologia foi usada no casco da P-47, na Bacia de Campos, e reduziu a exposição humana ao risco em 88% e diminuiu os custos de manutenção em 84%.

Ainda em 2021, a máquina será utilizada em outras plataformas, sem comprometimento das operações. De acordo com a Petrobrás, esse projeto gerou um segundo robô para pintura, capaz de operar em áreas curvas, como tanques e esferas para armazenagem de combustíveis, que deve estar pronto no fim do ano.\

Aepet