sociais

logos

Cresce Brasil

Em 2006, 67,5% dos brasileiros entre 15 e 24 anos estavam desempregados ou na informalidade, revela um estudo da OIT (Organização Internacional do Trabalho), intitulado "Trabalho decente e juventude no Brasil" e divulgado no dia 1º de julho.

Os dados, que foram baseados na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) de 19996 a 2006, apontam que o problema era mais acentuado entre as mulheres jovens (70,1%) do que entre homens jovens (65,6%). O índice também era mais elevado entre os jovens da raça negra (74,7%) do que entre os brancos (59,6%). Para se ter uma ideia, 7% dos jovens brancos tinham baixa escolaridade em 2006 e o número mais do que dobrava, quando se analisava o grupo de jovens negros. Inserção no mercado é difícil

A conclusão da OIT é que parte significativa da juventude brasileira apresenta grande dificuldade de conseguir uma inserção no mercado de trabalho. E mais do que isso: geralmente, a inserção é marcada pela precariedade, o que torna difícil a construção de trajetórias de trabalho decente.

Na opinião da diretora do Escritório da OIT no Brasil, Laís Abramo, os números podem se agravar ainda mais, diante da crise mundial. Ela lembrou que o Brasil vive, atualmente, um processo de geração de empregos formais, mas em um ritmo muito inferior ao que vinha sendo registrado nos últimos anos. Segundo ela, os avanços na agenda de emprego para a juventude foram importantes, mas as desigualdades regionais, de gênero e de raça permanecem.

Laís acredita que a solução para o desafio passa pela melhoria na qualidade da educação no País. O pior é que Laís percebe um "círculo vicioso", quando o assunto é a inserção de jovens no mercado de trabalho: "O jovem não entra no mercado porque não tem experiência, mas, para ter experiência, ele precisa estar dentro do mercado", afirma. "Medidas de aprendizagem, por exemplo, são importantes para romper essa barreira de entrada", acrescenta.

Adicionar comentário


logoMobile