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Ainda sem local definido para a quinta edição, mas com indicações que apontam para Santarém, no Pará, ou Iquitos, no Peru, a caminhada rumo ao V Fórum Pan-Amazônico começou oficialmente na sexta-feira, dia 17, com o lançamento de um manifesto construído durante 4 dias de debates por movimentos sociais, organizações e comunidades dos países latino-americanos e estados brasileiros que compartilham a região da floresta Amazônica.

Ao todo, 150 pessoas se reuniram para as mesas conjuntas sobre perspectivas de articulações em defesa da floresta e seus recursos e a enfrentamentos de natureza cultural contra o racismo e o machismo na região. Depois se dividiram em 4 grandes grupos de trabalho que aprofundaram o debate sobre impactos provocados pela mineração, políticas e matrizes energéticas, lutas pela terra e territórios e sobre as migrações. Finalmente voltaram ao trabalho conjunto para definição de agendas comuns e aprovação do manifesto pan-amazônico, construído ao longo das atividades.

Um resultado importante do encontro foi aproximar visões e modos distintos de defender a região pan-amazônica, territórios, recursos e valores culturais, apontando para importantes diálogos que devem ter lugar na construção do V FSPA, por exemplo entre povos indígenas, quilombolas, movimentos negro e de mulheres, todos com interesses comuns mas leituras e experiências diversas na região.

Outro avanço foi a percepção de que o V FSPA pode tornar-se o processo articulador de alianças da Pan-Amazônia para barrar atividades devastadoras ligadas a grandes projetos de infra-estrutura, como a IIRSA, acordos de livre mercado e ao agronegócio.

O encontro evidenciou que tais alianças e articulações apenas serão possíveis com a visibilização, reconhecimento e respeito pelas diferenças. Práticas compartilhadas de comunicação e oportunidades de expressão cultural deverão ser asseguradas em todo processo.

Na prática, o V FSPA prosseguirá com a participação na Semana de Mobilização Global de Luta pela Mãe Terra e contra a Colonização e a Mercantilização da Vida, de 12 a 18 de outubro de 2009 e com a preparação dos Encontros Sem Fronteira entre comunidades e movimentos do Brasil, Peru, Equador, Bolívia, Colombia,Venezuela, Guiana , Suriname e Guiana Francesa.

Representantes de todos estes países terão assento no Conselho Internacional do FSPA, reconstruído e aclamado no Encontro de Belém.

Leia a íntegra do Manifesto do Fórum Social Pan-Amazônico

Autor: Vanessa Silva

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