sociais

logos

Cresce Brasil

Desde 15 de janeiro, uma comitiva liderada pelo ministro do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE), Mangabeira Unger, faz visitas pela Amazônia apresentando propostas para desenvolvimento da região, por se, segundo ele, um grande laboratório para a criação de um projeto de reconstrução econômica e institucional do país.

Num documento com dez páginas que distribuiu no primeiro dia da viagem, Mangabeira defendeu fazer do desenvolvimento da Amazônia uma “prioridade brasileira na primeira metade do século 21”

Batizado de “Projeto Amazônia”, o conjunto de propostas tem como eixo principal um modelo econômico com espaço para atividades como a mineração e a produção industrial e, ao mesmo tempo, a preservação da mata nativa.

Após explicar que sua proposta não representa uma opinião de governo, o ministro citou o Plano da Amazônia Sustentável (PAS) para demonstrar que não ignora antigos esforços para promover o desenvolvimento econômico da região.

“Eu tenho a responsabilidade de integrar e repensar esse plano sob a luz da estratégia geral de desenvolvimento do país. A nação agora busca um novo modelo de desenvolvimento, baseado na ampliação de oportunidades econômicas e educativas e em participação popular”, afirmou, em entrevista coletiva.

Itens do projeto divulgados pelo Jornal O Globo:

- Água para o Nordeste

O filósofo quer estimular o desenvolvimento de tecnologia para a construção de aquedutos, para levar água da Amazônia para as regiões secas do Nordeste.

- Agricultura Familiar

Utilizar áreas já desmatadas para o desenvolvimento de projetos de agricultura e de pecuária em pequena escala. Para Mangabeira, a melhor solução "não é tentar reverter o desmatamento".

- Índios bilíngües

Fornecer meios para o desenvolvimento econômico e social de aldeias indígenas. Mangabeira quer a educação em mais de uma língua e em mais de uma cultura.

- Manejo controlado

O Projeto Amazônia defende o manejo controlado e sustentável da floresta, com a "utilização rotativa das árvores, compensada por replantio equivalente". Propõe também o aproveitamento "farmacológico" da biodiversidade.

- A Academia na Floresta

O projeto prevê o estímulo para a formação de profissionais especializados nas questões da Amazônia, com incentivo para que eles morem na região.

- Zoneamento Econômico e Ecológico

A proposta é dividir a Amazônia em áreas onde atividades econômicas são permitidas ou proibidas. Na definição de Mangabeira, "é simplesmente uma maneira de decidir o que pode e deve ser produzido, e onde".

- O Imposto da Mineração

Uma das propostas é aumentar impostos ou criar um novo tributo para as empresas de mineração, quando "os metais lavrados não sejam transformados dentro da Amazônia".

- Zona Franca

Desenvolvimento de um parque industrial que substitua a indústria de montagem pela de transformação. Para o ministro, este pode ser "um grande laboratório" do desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Adicionar comentário


logoMobile