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Cresce Brasil

Uma superpotência econômica, e agora em petróleo também.” Esse é o título do editorial que a revista inglesa The Economist, uma das mais influentes publicações sobre economia do mundo, dedicou ao Brasil, na edição desta semana. A publicação, cuja capa trata da crise dos alimentos, publicou ainda várias páginas de reportagem sobre o País.

A revista destacou o crescimento de 5,4% do PIB brasileiro em 2007 e sua pujança como produtor de matérias-primas. “O crescimento da economia brasileira ainda é modesto, se comparado aos padrões chineses, mas essa comparação é equivocada. O Brasil experimentou taxas de crescimento chinesas entre as décadas de 1950 e 1960. É muito mais difícil para um países de classe média, como o Brasil é hoje, crescer a taxas mais altas.”

De acordo com a publicação, as razões para o crescimento brasileiro atual são três - o controle da inflação, o fim da dívida externa e a democratização. O bom momento da economia brasileira é reflexo também, segundo a Economist, do alto preço das commodities.

A descoberta dos campos de petróleo e gás de Tupi e Júpiter, mais o potencial estimado do campo de Pão de Açúcar, na bacia de Santos, tranformariam o País no oitavo do ranking mundial dos produtores de petróleo. “Conseguiria o Brasil se tornar uma potência do petróleo assim como é um gigante agrícola?”, questiona a revista.

“De todas as commodities que o Brasil exporta, o petróleo foi considerado, durante anos, como o menos relevante, devido a reservas modestas.” Se as recentes descobertas se concretizarem, o Brasil estará lado a lado com Venezuela ou Arábia Saudita, publica a revista.

A publicação destaca também que, se confirmada, a riqueza oriunda do petróleo pode ser também motivo para preocupação. “O petróleo pode transformar a economia brasileira, mas não necessariamente para melhor”, adverte. “A moeda brasileira, o real, já se valorizou a níveis que fizeram os exportadores recuar. Se se tornar uma moeda do petróleo, muitas indústrias podem fechar as portas, pois o custo de se fazer negócios no Brasil se tornará proibitivo. (The Economist e O Estado de S.Paulo, Andrea Vialli)

Autor: Fator Brasil

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