Os participantes da oficina de trabalho Estratégia Sul-Americana para a Pesquisa Antártica, evento que terminou ontem (13/5), vão entregar aos governos dos sete países que pesquisam no continente antártico os relatórios que definem as competências de cada um nas áreas de pesquisa, logística e financeira.
O objetivo é que os países identifiquem possibilidades de estabelecer parcerias e otimizar recursos e ações administrativo-financeiras. Argentina, Brasil, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela realizam estudos na Antártica e contam com equipes de pesquisadores que se alternam no verão e no inverno.
Para chegar a uma estratégia comum, os participantes se dividiram em três grupos: científico, financeiro e logístico. O grupo científico fez um resumo do que os países envolvidos na oficina pesquisam na Antártica e apontaram como eles podem trocar informações e que estudos podem ser desenvolvidos em parceria. O grupo financeiro listou as fontes de financiamento que cada país utiliza para financiar a pesquisa no continente e se as agências de fomento podem colaborar com estudos nos países vizinhos.
O grupo logístico fez um extenso relato de como os países administram sua infra-estrutura no continente, como enviam pesquisadores à Antártica e que estruturas governamentais são mobilizadas para o programa de pesquisa no continente. Com isso, os participantes desse grupo esperam mostrar como a infra-estrutura de cada um pode ajudar o país parceiro.
Participaram do evento pesquisadores e administradores do Brasil, Argentina, Chile, Equador, Peru, Uruguai e Venezuela. A oficina foi promovida pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, com o apoio da Marinha do Brasil e dos Ministérios do Meio Ambiente, da Defesa e das Relações Exteriores, com o apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e das Indústrias Nucleares do Brasil (INB/MCT).
Ano Polar Internacional
Os sete países já têm certa experiência na atuação conjunta, em função da realização do Ano Polar Internacional (API) que, pela quarta vez, é realizado pela instância de pesquisa internacional do Tratado Antártico, o Conselho Internacional de União Científica (ICSU, na sigla em inglês). As atividades do API se desenvolverão até março de 2009.
A participação do Brasil no Ano Polar Internacional se dá pelo desenvolvimento de pesquisas de universidades públicas e privadas, além de centros de pesquisa. São dez projetos que têm como tema mudanças climáticas globais, o manto de gelo antártico, a biodiversidade, a vida marinha e a atmosfera.
(Ubirajara Jr - Assessoria de Comunicação do MCT)