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Desde a concepção até o acionamento do LHC (sigla em inglês de Large Hadron Collider - Grande Colisor de Hádrons), nesta quarta-feira, foram 30 anos de pesquisas e vários problemas de orçamento, equipamento e construção do aparelho, cujo acionamento foi atrasado em dois anos.

Mas a grande apreensão criada em torno do projeto estava na especulação de que o experimento poderia criar um "miniburaco negro" que engoliria a Terra.Em entrevista à imprensa internacional, James Gillies, porta-voz da Organização Européia para Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês)afirmou que o mais perigoso incidente que poderia ocorrer com o LHC seria o equipamento se quebrar e acabar soterrado sob a Europa.

O gigantesco acelerador foi construído pela Cern em um laboratório subterrâneona fronteira franco-suíça e é o maior e mais complexo instrumento científico já construído. Situado a uma profundidade de 120 metros, o enorme colisor de partículas é constituído por 60 mil computadores, custou mais de US$ 10 bilhões epoderá responder algumas questões fundamentais sobre o início do Universo.

Quase 9.000 cientistas se reuniram para o experimento que tentou reproduzir o Big Bang,. Por meio de choques de prótons e nêutrons, eles querem saber que segredos do Universo serão desvendados pelo aparelho, desde a origem da massa até a estrutura da matéria escura.

O teste consistiu em atirar o primeiro feixe de prótons em um gigantesco túnel circular de pouco mais de 27 quilômetros de circunferênciapara observar a colisão das partículas e seus resultados. O diretor do projeto LHC, Lyn Evans, tinha anunciado antes que não era possível saber quanto tempo o feixe demoraria para colidir, o que ocorreu em pouco mais de 50 minutos. Colocados no acelerador, os prótons deram uma volta completa no enorme túnel.

O próximo passo será projetar outras partículas na direção oposta para que possam colidir, recriando as condições que existiam no universo imediatamente após o Big Bang.

O aparelho, cujo custo é estimado em US$8 bilhões, foi projetado para atirar partículas de prótons umas contra as outras quase à velocidade da luz. A liberação maciça de energia causada pelo choque das partículas simularia as condições após a explosão que deu origem ao universo.

Em agosto, os engenheiros já haviam injetado raios de prótons de baixa intensidade no LHC, mas estes não completaram o percurso completo do túnel. Durante o inverno europeu, o LHC será fechado para que os engenheiros preparem o equipamento.

O êxito do primeiro teste foi muito comemorado pelas dezenas de cientistas presentes na sala de controle do organismo, que aguardavam com expectativa o resultado.

"Tenho certeza de que funcionará", disse o diretor-geral do Cern, Robert Aymar, minutos antes do início do teste, em um ambiente ainda cheio de expectativa.

(Com dados da BBC, Folha Online, Agências AP e Efe)

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