Em cerimônia realizada no Ministério do Trabalho e Emprego, em Brasília, no dia 22 de outubro, foi entregue a carta sindical da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Universitários). O documento foi passado às mãos do seu presidente, Murilo Celso de Campos Pinheiro – que também está à frente da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) –, pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi. Esse foi o passo seguinte à oficialização da nova entidade, cujo registro sindical foi garantido treze dias antes, decisão publicada no Diário Oficial da União. A partir daquele momento, Pinheiro lembrou que os profissionais representados pela CNTU passam a ter “um instrumento de defesa e seu canal de diálogo com a sociedade”.
Na sessão na Capital Federal, o analista sindical e cientista político João Guilherme Vargas Netto destacou que sua criação “é uma dívida de sangue do Getúlio Vargas, porque coincidente com o trágico acontecimento do seu suicídio, era instituída a CNPL (Confederação Nacional das Profissões Liberais). Hoje ela se esgotou no seu potencial de representar legitimamente os interesses dos profissionais de formação universitária com regulamentação. A criação da CNTU, portanto, é uma audácia das três federações (dos economistas, dos engenheiros e dos nutricionistas, que a fundaram e iniciam), devolvendo o espírito de responsabilidade para essa entidade”. O deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) ressaltou a importância do ato de assinatura da carta sindical da nova confederação. “Os profissionais liberais brasileiros terão a possibilidade de ter uma representação nacional e discutir os seus interesses.”
Pinheiro agradeceu a confiança depositada na CNTU, em nome de todos os dirigentes sindicais presentes, dos diversos estados brasileiros, ligados à confederação – entre os quais Maria Terezinha Oscar Govinatzki, presidente da Federação Nacional dos Nutricionistas, e Edson Benedito Roffé Borges, da Federação Nacional dos Economistas, respectivamente vice-presidente e diretor de finanças da nova organização. O ministro Lupi devolveu dizendo que a assinatura da carta sindical – que denominou “de alforria” dos profissionais universitários – foi um “ato de justiça”. Também estiveram presentes à cerimônia o secretário Nacional das Relações do Trabalho, Luiz Antonio de Medeiros Neto, e o diretor de documentação do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), Antonio Augusto de Queiroz, o Toninho.
Agora, como afirmou Pinheiro, é arregaçar as mangas e trabalhar para tornar a CNTU forte e representativa. A confederação será apresentada publicamente em São Paulo, durante seminário de lançamento que ocorrerá no dia 28 de novembro, no Novotel São Paulo Center Norte (Av. Zaki Narcki, 500, Vila Guilherme) e discutirá questões atinentes à conjuntura econômica, à organização sindical e aos profissionais.
Diretoria da CNTU eleita para 2008-2010
Titulares
Presidente
Murilo Celso de Campos Pinheiro (FNE)
Vice-presidente
Maria Terezinha Oscar Govinatzki (FNN)
Diretora administrativa
Zaida Maria de Albuquerque Melo Diniz (FNN)
Diretor de finanças
Edson Benedito Roffé Borges (Fenecon)
Diretor de finanças adjunto
Fernando Palmezan Neto (FNE)
Diretor de relações sindicais
Claudio da Costa Manso (Fenecon)
Diretor de articulação nacional
Allen Habert (FNE)
Suplentes
Wilson Roberto Villas Boas Antunes (Fenecon), Elizabeth Moura Panisset Caiuby (FNN), José de Mauro Filho (FNE), Ernane Silveira Rosas (FNN), Luiz Alexandre Silva Farias (FNE), Veríssimo Aparecido da Silva (Fenecon), Paulo Eduardo de Grava (FNE)
Conselho Fiscal
Efetivos: Juarez Trevisan (Fenecon), Wanderlino Teixeira de Carvalho (FNE) e Hélvio Weissheimer de la Corte (FNN)
Suplentes: Aldenila Bernardes (FNN), João Carlos Gonçalves Bibbo (FNE) e José Ribamar S. Campos (Fenecon)
Autor: João Paulo Dutra