- Redação
Nesta primeira edição de 2016, Engenheiro coloca em pauta questões essenciais aos engenheiros e trabalhadores em geral, ao Brasil e ao mundo. Em matéria de capa, o relato do 3º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), realizado em dezembro último. Encerrando as atividades do ano, a entidade promoveu uma jornada de discussões sobre os rumos do País e o papel das categorias que representa na superação dos diversos desafios existentes.
Também dentro da agenda voltada ao enfrentamento das dificuldades nacionais, o lançamento do manifesto “Compromisso pelo desenvolvimento”, que teve adesão de várias entidades, entre elas a FNE, e foi entregue à presidente Dilma Rousseff. O documento converge com o projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” em diversos aspectos, como o incentivo à produção e ao investimento na infraestrutura nacional. A lógica da mobilização é que é preciso pensar no interesse maior do Brasil.
Dentro do debate em torno do desenvolvimento, foi realizado evento em Mato Grosso, no dia 27 de novembro, sobre o potencial econômico do estado e as dificuldades a serem superadas.
Com olhos ainda mais postos no futuro, o geógrafo Lucas Carvalho Pereira fala em entrevista sobre os resultados da COP 21 e o “Acordo de Paris” para reduzir o aquecimento global.
Em C&T, o reconhecimento ao cientista brasileiro FuadGattaz Sobrinho, premiado pela Society for Design andProcess Science (SDPS).
E mais as atividades e iniciativas dos sindicatos em todo o Brasil.
Boa leitura.
- Jéssica Silva e Fábio Pereira
Após 13 dias de negociações sediadas na capital francesa, a 21ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 21) divulgou, em 12 de dezembro último, o “Acordo de Paris”. O texto, aprovado por representantes de mais de 190 países, indica os compromissos globais relativos à mudança climática. A meta principal é limitar a menos de 2°C o aquecimento do Planeta até o ano de 2100, tendo como base o período pré-revolução industrial, embora já tenha havido a elevação de 1°C desde então. Em entrevista ao Engenheiro, o geógrafo Lucas Carvalho Pereira avaliou positivamente o acordo. “O governo francês tinha como meta fazer a convenção dar certo, sendo necessária uma grande negociação em que todos os interesses fossem atendidos, o que é difícil e, no entanto, foi realizado”, afirmou. Diretor da ONG Iniciativa Verde, que atua com projetos de restauração ecológica, ele ressalta que ao Brasil cabe investir sobretudo em energia limpa, tarefa para a engenharia.
- Allen Habert
Na previsão e construção do futuro, a ideia do quebra-cabeça funciona não apenas em grande escala, mas nos ajuda em quaisquer outras atividades. Podemos começar com algumas peças bases que nos chamam a atenção. O futuro é uma coleção de possibilidades, rumos, eventos, reviravoltas, avanços e surpresas. Com o passar do tempo, tudo encontra seu lugar e, juntas, as peças formam um novo cenário do mundo.
- Soraya Misleh
Na etapa atual de debater os desafios ao enfrentamento da crise nacional, em seu projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, a FNE realizou atividade, em Cuiabá (MT), no dia 27 de novembro último. A iniciativa, promovida em conjunto com o Senge-MT e o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia local (Crea-MT), abordou o tema “Desafios do desenvolvimento sustentável em Mato Grosso”. Entre as conclusões, a necessidade em especial de agroindustrialização para o estado sair de sua atual posição de exportador de commodities.
- Rosângela Ribeiro Gil
O presidente da FNE, Murilo Celso de Campos Pinheiro, participou, em 15 de dezembro último, da entrega do manifesto “Compromisso pelo desenvolvimento”, elaborado por entidades sindicais e empresariais, à presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Na avaliação do dirigente, a audiência foi positiva, tendo em vista que a mandatária do País sinalizou disposição de discutir seriamente as propostas apresentadas. “Ela mostrou, ainda, que tem uma visão muito clara da importância da engenharia ao desenvolvimento nacional.”
- Soraya Misleh*
“Nossos passos e ações devem ir muito além das críticas, precisamos apresentar propostas sérias e factíveis com o objetivo de garantir o desenvolvimento do País. Por isso, aqui não falamos em recessão ou crise, mas em trabalho.” Dando o tom do 3º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), o presidente da entidade, Murilo Celso de Campos Pinheiro – que também está à frente da FNE –, abriu os trabalhos no evento, realizado em 10 de dezembro, na sede do Seesp, em São Paulo. Nessa direção, a atividade debateu caminhos à superação das dificuldades por que passa o País.
- Lourdes Silva
CE
IFCE homenageia presidente do Senge
Durante solenidade no dia 12 de dezembro, a presidente do Senge-CE, Thereza Neumann Santos de Freitas, foi homenageada pelo Instituto Federal do Ceará (IFCE). Na ocasião, recebeu uma placa de honra ao mérito, em reconhecimento ao trabalho desempenhado no estado do Ceará. A premiação é feita há 30 anos aos profissionais que passaram pela instituição e hoje são destaques na sociedade científica, cultural, política, empresarial, pública e em entidades de classe. Freitas iniciou sua carreira acadêmica no IFCE, no curso de técnico em Telecomunicações. Segundo ela, a conquista é atribuída ao sindicato. “Fico muito feliz com a premiação, mas devo dizer que só foi possível graças à força que a nossa entidade tem. Nós conseguimos grandes avanços em prol da categoria cearense”, frisou.
- Deborah Moreira
O brasileiro FuadGattaz Sobrinho desenvolveu o critério ValueBasedProcess, Software and Systems Engineering (processo baseado em valor em software e engenharia de sistemas). A inovação rendeu a ele a medalha de ouro em Ciência Transformativa em Engenharia de Software (TransformativeandAchievementsAwards), concedida pela Society for Design andProcess Science (SDPS) – única sociedade científica internacional de desenhos e processos. A honraria, que já foi concedida ao físico Steven Weinberg, prêmio Nobel de Economia em 1979, e ao economista Herbert Simon, Nobel em 1978, foi entregue em 3 de novembro último, durante a Conferência Internacional da SDPS, realizada neste ano no Texas, Estados Unidos.