O governo informou que o Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação deve ser lançado até o final do mês, com previsão de investimentos de R$ 39,1 bilhões em projetos até o ano 2010. O presidente Lula disse que quer também um plano de metas para fiscalizar a execução de tudo.

"Se a gente não tiver isso, corre o risco de ter um baita programa, como o Corinthians tem uma baita razão de existir, uma grande torcida também, mas o time não marca gol", comparou o presidente Lula, corinthiano declarado.

Entre hoje e amanhã (9 e 10 de outubro), os secretários de Ciência e Tecnologia de 17 estados brasileiros, além de diretores e presidentes de fundações de amparo à pesquisa (FAPs) de todo o Brasil se reunem em Belo Horizonte para discutir as propostas do Plano de Ações e sua execução no quadriênio.

O plano apresentado na quarta-feira (3 de outubro) pelo ministro Sergio Rezende para o Conselho Nacional de C&T (CCT) - grupo presidido pelo presidente Lula - e a destinação dos recursos para as quatro áreas estratégicas definidas pelo governo é agora um tema prioritário do Fórum do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de CT&I (Consecti) e do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).

A FNE, que contribuiu para o plano durante o período de consultadas do governo à sociedade, também estará atenta à sua execução. Investimentos em Ciência e Tecnologia são reivindicações do programa Cresce Brasil + Desenvolvimento + Engenharia, da Federação.

Recursos e áreas

Os investimentos serão destinados a ações para a expansão e consolidação do Sistema Nacional de CT&I; a promoção da inovação tecnológica nas empresas; a pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas; e o desenvolvimento social.

Dos R$ 39,1 bilhões previstos pelo governo, a maior parte - R$ 15,3 bilhões - deve ser gasta em pesquisa e desenvolvimento em áreas estratégicas.

Projetos de promoção da inovação tecnológica nas empresas devem receber cerca de R$ 13,5 bilhões.

A expansão e consolidação do sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação deve receber mais R$ 8,9 bilhões. O desenvolvimento social, outro R$ 1,4 bilhão.

Segundo Rezende, os recursos previstos para o plano foram devidamente definidos com os ministros da Fazenda (Guido Mantega) e do Planejamento (Paulo Bernardo)

(Com dados da Folha de S. Paulo, Agência Brasil, Fapemig e Imprensa FNE)

Autor: Ricardo Stuckert/PR