O Fórum de Mudanças Climáticas, que se realiza desde terça-feira em Brasília, é iniciativa da Organização Global de Legisladores para um Ambiente Equilibrado (Globe) e reúne as oito nações mais desenvolvidas do mundo (Estados Unidos, Japão, Canadá, Alemanha, Inglaterra, França, Itália e Rússia) mais os cinco principais países em desenvolvimento (China, Brasil, Índia, México e África do Sul). O objetivo do encontro é decidir o que será dito na próxima reunião de cúpula dpo G8, a ser realizada de 7 a 9 de julho, na cidade de Toyako, no Japão.
As reuniões anuais do G8 geralmente são acompanhados de grandes manifestações de protesto por parte da sociedade civil, por tratar-se de uma reunião em que os causadores de problemas relacionados à concentração e exploração de riquezas e recursos mundiais se arvoram em decidir sobre questões importantes para o futuro do planeta. Não é diferente na questão ambiental.
Esses países juntos (G8 + 5) são responsáveis por aproximadamente 70% das emissões de gases que causam o efeito estufa.
A proposta dos encontros organizados pela Globe é estabelecer metas de redução das emissões de gases poluentes, a serem atingidas a partir de 2012, quando expira o Protocolo de Kyoto. A Globe tem promovido um diálogo sobre mudanças climáticas desde 2005 para reunir legisladores dos países que compõem o G8 + 5 porque estes terão de aprovar eventuais tratados internacionais nos seus Parlamentos nacionais. Entre os temas em discussão em Brasília estão desmatamento, créditos de carbono e biocombustíveis.
A participação brasileira no evento é coordenada pela senadora Serys Slhessarenko (PT-MT). Fazem parte do grupo os senadores Renato Casagrande (PSB-ES) e Cícero Lucena (PSDB-PB) e os deputados federais Eduardo Gomes (PSDB-TO), Antonio Palocci (PT-SP) e Augusto Carvalho (PPS-DF).
Slhessarenko e Elliot Morley, presidente da Globe e representante do Reino Unido no encontro, publicaram artigo conjunto na Folha de SP considerando que, a despeito da importância da diplomacia para diálogos entre governos, "vivemos hoje em um mundo interligado onde muitos dos desafios mundiais contemporâneos estão fora do controle direto governamental. Tais questões exigem uma dedicação de vários setores da sociedade, incluindo setor privado, legisladores e sociedade civil". (Com dados da Folha de SP e Agência Senado)