Giancarlo Ronconi, da Foz do Brasil empresa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht, falou do projeto Aquapolo, realizado em parceria com a Sabesp.Dedicado à produção de água de reúso para fins industriais, a iniciativa terá como insumo o esgoto tratado.
Com investimentos de R$ 253 milhões, o projeto abastecerá o Pólo Petroquímico do ABC paulista e o principal cliente será a Braskem/Quattor.
Para levar a água de reuso gerada para o Polo Petroquímico, será construída uma adutora de aço com 17 km de extensão, que passará pelos municípios de São Caetano do Sul e Santo André até chegar ao Pólo em Mauá.
De acordo com Ronconi, o Aquapolo terá capacidade para produzir 650 litros por segundo de água de reuso podendo se expandir para 1.000 l/s. Como a produção não será totalmente absorvida pelo Pólo Petroquímico poderá ser vendida para outras indústrias e municípios da região a partir de derivações que podem ser realizadas ao longo dos 17 km de sua adutora.
Segundo o palestrante, o volume de água de primeiro uso que deixará de ser consumido pelas indústrias é suficiente para abastecer continuamente uma população de 350 mil habitantes. "A água de reúso precisa ser melhor explorada no País porque é um produto fundamental para a preservação dos recursos hídricos”, ponderou Ronconi.
Para ele, reciclar e reaproveitar o esgoto das estações de tratamento permite atender à crescente demanda da indústria por água e, ao mesmo tempo, pode suprir a população com água potável, sem a necessidade de aumento da utilização dos escassos recursos hídricos disponíveis. "É o maior projeto do gênero na América Latina e que envolve uma tecnologia nunca antes adotada em grande escala no país”, concluiu.
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Autor: Beatriz Arruda