sociais

logos

Cresce Brasil

A FNE lamenta a morte de Walter Barelli na noite da última quinta-feira (18), aos 80 anos, cuja atuação é marcada pela defesa do emprego e do trabalho, bem como do desenvolvimento nacional.

Barelli em encontro na sede do Seesp, na capital paulista: valorização do trabalho. (Foto: Beatriz Arruda)Doutor em Economia e professor aposentado da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), nessa trajetória foi ministro do Trabalho no Governo Itamar Franco (de 1992 a 1994) e secretário de Relações do Trabalho e Emprego do Estado de São Paulo de 1995 a 2002, durante as gestões de Mario Covas e Geraldo Alckmin.

Nesses cargos, procurou estreitar a relação com sindicatos e elaborou programas de geração de empregos, entre outras contribuições importantes. Anos depois, em 2014, diante da falta de protagonismo do Ministério, Barelli participou de atividades na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp), na capital paulista, em defesa da valorização da Pasta, por iniciativa da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU).

Amigo dos trabalhadores

Filho de operários, ele iniciou sua luta por direitos ainda jovem, quando era bancário. No movimento estudantil teve contato com estudos e pesquisas sobre trabalho e logo se firmou como liderança sindical. Em dezembro de 1965, ingressou no Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), onde permaneceu até 1990. Em meados dos anos 1970 assumiu o cargo de diretor-técnico. Entre suas valiosas contribuições, sob sua coordenação, o órgão apresentou em 1977 novos índices econômicos, comprovando manipulação de cálculos pelo governo em 1973 para esconder a real inflação e, com isso, não assegurar os devidos aumentos salariais. Em entrevista à Agência Sindical em 2015, por ocasião dos 60 anos de existência do Dieese, Barelli contou sobre o impacto dessa revelação. Segundo apontou, a partir de então, os dados apresentados pelo órgão passaram a ser referência nas negociações com as empresas.

À Agência Sindical, o consultor da FNE João Guilherme Vargas Netto afirmou que Barelli foi “o responsável por tornar o Dieese um órgão muito forte e de grande credibilidade no País”. "Ele teve um empenho permanente em favor dos trabalhadores. Amplificou as vozes do movimento sindical", sintetiza Vargas Netto no texto.

Fica aqui nossa homenagem a uma grande liderança e amigo dos trabalhadores. E nossa solidariedade em especial à sua esposa Lourdes, seus filhos e netos.

Adicionar comentário


logoMobile