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Um dos principais pontos debatidos no comitê temático da Anpei “Recursos Humanos para PD&I” é de que os empresários precisam ter atenção para o chamado apagão das engenharias. As ações dos comitês temáticos da Anpei foram apresentadas na terça-feira (20), em Belo Horizonte (MG).

Segundo Roberto Kenji Hayasho, da empresa Sabó, o comitê avaliou que os empresários devem fazer uma reflexão de como resolver o “apagão”. Ele apresentou dados do MCT, de 2004, que mostram que a média de matriculados nas áreas de engenharias era de 320 mil estudantes, sendo que a perspectiva era de que, neste ano, se formem 80 mil estudantes nessas áreas.

Uma sugestão do comitê é para que as empresas possam buscar parcerias com as instituições de ensino para promover a capacitação dos profissionais, por meio de cursos de especialização, por exemplo.

Outra reflexão, apontada por Hayasho, é para que as empresas busquem entender porque a maior parte da mão-de-obra qualificada (73%) se estabelece nas universidades.

“Temos que criar movimentos para entender se o problema é instabilidade ou baixos salários, por exemplo”. Uma das propostas do comitê é entender tais fatores para gerar formas de apresentar melhores resultados para as empresas.

ICTs

A interação entre as instituições científicas e tecnológicas (ICTs) e as empresas também foi um dos temas tratados durante a apresentação dos comitês temáticos da 8ª Conferência Anpei.

Para Naldo Medeiros, da empresa Votorantin, a interação entre ICTs e empresas deve ser montada com base numa relação de confiança. O comitê temático “Promovendo a Interação ICTs – Empresas” foi criado pela Anpei no fim do ano passado. Segundo Medeiros, um dos objetivos é construir um diagnóstico entre os tipos de interação que as empresas fazem com as instituições de C&T.

Um dos resultados destacados por ele é a percepção de que a interação tem que ser construída ao longo do tempo e não como algo momentâneo. “Temos que ter cuidado com o imediatismo da interação. É preciso pensar em curto, médio e longo prazo quando se busca a interação para que o conhecimento se torne a base de inovação contínua”.

Segundo Medeiros, os projetos de interação devem ser construídos com base em seis passos. São eles: análise e autoconhecimento; desenvolvimento de interesses; negociação; planejamento, execução e controle do programa; encerramento do programa e aprendizado; e manutenção da parceria.

Em sua avaliação, as empresas devem ouvir também as demandas das ICTs e procurar seguir todas as etapas do processo de uma forma interativa e não impositiva.

Comitês

A Anpei, que é uma instituição associada à Abipti, possui outros dois comitês temáticos em operação. São eles: Inovação nas Pequenas e Micro-Empresas e Indicadores para PD&I. Os comitês são grupos de trabalho compostos por representantes de empresas associadas à Anpei, que realizam cerca de dez reuniões por ano para discutir temas específicos. (Tatiana Fiuza, Gestão C&T nº 729)

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